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Sindipetro anuncia greve nacional dos petroleiros

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Sindipetro anuncia greve nacional dos petroleiros

Por: Camaçari Notícias

 

Os petroleiros do Brasil entraram em greve nesta sexta-feira (24), por 24 horas, em protesto contra a decisão da Petrobras, através de autorização do Conselho de Administração da empresa, de vender cerca de 40% dos ativos, um plano de desinvestimento aprovado também pela empresa, e para defender a manutenção dos empregos e geração de novas oportunidades de trabalho com a retomada dos investimentos, além da defesa do patrimônio público e da soberania nacional.

Segundo Radiovaldo Costa, diretor do Sindipetro/BA, a venda de ativos fere diretamente na carne os trabalhadores, pois grande parte da empresa, uma das maiores do mundo no setor, responsável por 10% da economia do Brasil, perderão seus empregos.

A proposta da Petrobras, segundo Radiovaldo Costa, é fazer um caixa de R$ 180 bilhões com a venda de empresas que participam do grupo como a BR Distribuidora, gasodutos, campos de petróleo em mar e terra, navios da Transpetro, plataformas, a Petrobras Biodíesel e a presença da Petrobras na petroquímica, bem como as termelétricas, cinco delas na Bahia.

A categoria está mobilizada em todo o país. São mais de 85 mil petroleiros, 400 mil terceirizados, 7.500 na Bahia com 25 mil terceirizados e uma infinidade de empresas que dependem direta e indiretamente do sucesso da empresa para que o país volte a crescer.

A mobilização de 24 horas pode vir a se transformar num movimento grevista por tempo indeterminado, afirma Radiovaldo, que recentemente esteve no Rio de Janeiro, sede da empresa, buscando negociações para a geração de novos postos de empregos no setor de petróleo.

Radiovaldo Costa diz que a empresa possui hoje uma reserva de R$ 67 bilhões, não tem débitos pendentes e se mantém como uma das mais lucrativas do mundo apesar dos problemas enfrentados após as denúncias da Lava Jato e os esquemas de corrupção denunciados à justiça.

Ele aponta três saídas para melhorar o fluxo de caixa e a capacidade de investimento da empresa; o aumento no repasse da CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, com repasse integral à empresa; discussão com estados e municípios sobre a redução da alíquota de ICMS que incide sobre os combustíveis, hoje em 28% e promover uma negociação com a China, país que tem muita necessidade de óleo combustível, em troca de um empréstimo à empresa. Segundo Radiovaldo, a empresa não pagaria em dinheiro, mas em óleo combustível.

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