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Agronegócio não pode ser desvalorizado por 'pequeno núcleo', diz Temer

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Agronegócio não pode ser desvalorizado por 'pequeno núcleo', diz Temer

Por G1

Temer diz que caso da carne 'se Deus quiser, vai terminar muito bem'

O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira (20), ao comentar a operação Carne Fraca, que o agronegócio no país não pode ser desvalorizado por um "pequeno núcleo" e por uma "coisa que será menor". O presidente ainda defendeu o sistema sanitário no país e afirmou que os frigoríficos investigados representam um número pequeno do total.

A operação, deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira (17), apura a existência de um esquema montado para liberar irregularmente licenças para venda de carne e fraudar a fiscalização de frigoríficos. Segundo a polícia, servidores do governo estão envolvidos nas irregularidades.

Temer falou sobre o escândalo da carne em discurso na reunião do Conselho de Administração da Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (AmCham), em São Paulo. Ele ressaltou a importãncia do agronegócio na economia do país e disse que as irregularidades investigadas representam uma "coisa que será menor". "O agronegócio para nós no Brasil é uma coisa importantíssima e não pode ser desvalorizado por um pequeno núcleo, uma coisa que será menor, apurável, fiscalizável, punível, se for o caso, mas não pode comprometer todo o sistema que nós montamos ao longo dos anos", afirmou Temer.

Temer disse ainda que o país tem um sistema "rigorosíssimo" de avaliação sanitária. "Temos 4850 plantas, mais ou menos, de frigoríficos no Brasil. Só 3 plantas foram interditadas, além das 18 ou 19 que serão investigadas. Isso num total de 4800 e tantas atinentes a essa área", afirmou o presidente.

O governo realizou uma série de reuniões no fim de semana, inclusive com embaixadores de países importadores da carne brasileira, para evitar que a operação tenha impacto muito forte na venda dos produtos para o mercado externo.
No entanto, na manhã desta segunda (20), a Comissão Europeia informou que está monitorando as importações de carne do Brasil e que todas as empresas envolvidas no escândalo de carne terão acesso negado ao mercado da União Europeia temporariamente.

China, Coreia do Sul e Chile também anunciaram restrições temporárias a produtos brasileiros. O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e o Itamaraty foram procurados pelo G1, mas ainda não se pronunciaram sobre as afirmações da União Europeia. Ao final de sua fala sobre carne na AmCham, , Temer disse que “se Deus quiser", o caso vai terminar "muito bem”.

“Estou tratando do assunto, porque é o assunto mais ou menos do dia, o de ontem pelo menos, mas que, se Deus quiser, vai terminar muito bem”, declarou. Temer já havia informado no domingo que 6 das 21 unidades investigados exportaram nos últimos 60 dias. Ele não disse para quais países ocorreu a exportação.

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