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Lula diz não acreditar que será preso na Lava Jato

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Lula diz não acreditar que será preso na Lava Jato

Por Pesquisa Web

No dia em que sua defesa apresentará as alegações finais ao juiz Sérgio Moro, no caso do tríplex, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que "não acredita" que será preso pela Lava Jato. O petista reafirmou nesta terça-feira, 20, à rádio Tupi AM, a sua inocência e disse que "para ser preso no Brasil ou em qualquer país do mundo, a pessoa tem que ter cometido um crime". 

Em artigo publicado hoje (20/6) no na página oficial do ex-presidente e no jornal "Folha de S.Paulo", os advogados do ex-presidente afirmam que o apartamento 164 A, do edifício Solaris, está em nome da OAS Empreendimentos S/A, mas, desde 2010, quem detém 100% dos direitos econômico-financeiros sobre o imóvel é um fundo gerido pela Caixa Econômica Federal. “Nada vincula Lula ao imóvel, onde esteve uma única vez, em 2014, como potencial interessado em sua aquisição. Jamais teve as chaves, o uso, gozo ou disposição da propriedade”, escrevem os advogados. Segundo os dois, o caso está envolvido por uma “anomalia jurídica”, “em que a presunção de inocência é solenemente violada”. Os advogados convovara uma coletiva para as 11 horas da manhã de hoje para divulgar os argumentos da defesa.

Acusação
Após a defesa protocolar suas alegações finais ao processo, o juiz Sérgio Morto poderá emitir sua sentença a qualquer momento. Em seu posicionamento final, o Ministério Público Federal (MPF) e a Petrobras, assistente de acusação pediram que Lula e outros seis réus sejam condenados por corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro, cumprindo penas em regime fechado. O órgão também solicitou a Moro que determine a apreensão, entre todos os acusados, de R$ 87 milhões, valor que seria correspondente ao que teria sido desviado dos cofres da estatal.

No documento, o Ministério Público argumenta que o ex-presidente recebeu três milhões de reais da OAS em troca de vantagens na Petrobras, recursos divididos entre a posse oculta e a reforma de um apartamento tríplex, no Guarujá (SP), e os custos de transporte e manutenção de seu acervo presidencial.

Na entrevista à rádio Tupi, o ex-presidente chamou a peça de acusação feita pelo Ministério Público de "piada" e disse esperar que Moro "leia os autos do processo para que possa, definitivamente, anunciar ao Brasil a sua inocência". Lula chegou a dizer que já pediu que os procuradores da Lava Jato, responsáveis pela denúncia contra ele, "deveriam ser exonerados a bem do serviço público porque inventaram uma grande mentira". O ex-presidente criticou, também, os meios de comunicação e disse que, junto com os procuradores, "não sabem como sair da mentira que contaram".

Réus
Além de Lula, também são réus: Léo Pinheiro (OAS), por lavagem de capitais e corrupção ativa; Agenor Franklin Magalhães Medeiros (OAS), por corrupção ativa; Fabio Yonamine (OAS), por lavagem de capitais; Paulo Gordilho (OAS), por lavagem de capitais; Roberto Ferreira (OAS), por lavagem de capitais; ePaulo Okamotto (Instituto Lula), por lavagem de capitais.

A ex-primeira-dama Marisa Letícia também é ré neste processo. Mas seus defensores, os mesmos do ex-presidente, pediram a extinção de sua punibilidade e sua absolvição sumária no processo devido ao seu falecimento, em fevereiro. Moro concordou sobre extinção da punibilidade, mas não sobre absolvê-la na ação. "Cabe, diante do óbito, somente o reconhecimento da extinção da punibilidade, sem qualquer consideração quanto à culpa ou inocência do acusado falecido em relação à imputação", disse, em março.

Outros processos
Apesar de o "processo do tríplex", como ficou conhecida esta ação penal, estar chegando ao fim, Lula e Moro irão se encontrar em uma nova oportunidade ainda este ano. O ex-presidente é réu em um segundo processo na Justiça Federal no Paraná.

Ele é acusado de participar de um esquema de corrupção envolvendo oito contratos entre a empreiteira Odebrecht e a Petrobras. Além disso, o MPF ofereceu, em 22 de maio, uma terceira denúncia contra Lula, acusando-o pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso envolvendo o sítio em Atibaia (SP). Segundo os procuradores, o imóvel passou por reformas custeadas pelas empresas Odebrecht, OAS e Schahin em benefício do petista e de sua família. Em troca, os três grupos teriam sido favorecidos em contratos com a Petrobras. Moro ainda não decidiu se acolhe ou não os novos argumentos da força-tarefa da Lava Jato. O petista ainda é réu em outras três ações, totalizando cinco processos que responde na Justiça.

 

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