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Hospital afasta enfermeiros após denúncia de abuso a paciente durante cesárea

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Hospital afasta enfermeiros após denúncia de abuso a paciente durante cesárea

Por: G1


Caso aconteceu na maternidade Moura Tapajós, na Compensa, Zona Oeste de Manaus (Foto: Patrick Marques/G1 AM)

A Polícia Civil investiga uma denúncia de abuso sexual durante um parto na Maternidade Doutor Moura Tapajós, Zona Oeste de Manaus. O marido da vítima relatou que a esposa teve as partes íntimas tocadas por enfermeiros, que teriam ainda falado palavras obscenas. Os profissionais de saúde envolvidos no parto foram afastados de suas funções após a denúncia.

O marido da paciente, Ismael Vitor Vasconcelos, 24 anos, contou que estava na sala para acompanhar o nascimento do filho, com vestes de proteção adequadas, quando dois homens entraram na sala para iniciar os procedimentos de parto.

"Estava acompanhando o procedimento de cesariana. Os dois começaram a assediá-la. Em vez de fazerem a assepsia, começaram a passar a mão nela, nas partes íntimas dela, com luvas. Eles não estavam com nenhum outro equipamento para o procedimento", disse Ismael.

Ele contou ainda que um dos homens chegou a dizer "quem vai colocar o dedo primeiro?!", para o outro. Neste momento, Ismael disse ter interrompido a dupla e questionado sobre o procedimento. "Eu me constrangi e fui lá. Foi aí que eles perceberam que eu era o marido dela e pararam com o assedio, iniciaram o procedimento normal e [os médicos] finalizaram a cirurgia", lembrou o marido.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), responsável pela maternidade, informou que afastou imediatamente os envolvidos das funções. A pasta abriu sindicância de urgência para apuração dos fatos "com a maior brevidade possível".

Os familiares devem receber assistências psicológica e social. De acordo com o delegado Demétrius Queiroz, do 8° Distrito Integrado de Polícia (DIP), um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado na delegacia e um inquérito policial deve ser instaurado para apuração de crime de estupro de vulnerável.

O diretor da maternidade foi oficiado pela delegacia do 8º DIP para prestar esclarecimentos sobre o caso. A previsão para ouvir os envolvidos é até esta quinta-feira (6), para assim serem identificados os possíveis autores. O delito está descrito no artigo 217 do código penal, a pena de reclusão é de 8 à 15 anos, ainda de acordo com a Polícia Civil.

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