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Justiça nega liberdade a Joesley e Wesley Batista

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Justiça nega liberdade a Joesley e Wesley Batista

Por: G1

Joesley chega ao IML da Zona Oeste antes de audiência de custódia (Foto: Abraão Cruz e André Emateguy/TV Globo)

 

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região negou nesta sexta-feira (15) o pedido de habeas corpus protocolado pela defesa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F. No documento, os advogados dos irmãos alegavam que a prisão preventiva era ilegal.

O pedido de liberdade se referia às detenções de Joesley e Wesley no processo que apura uso de informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro entre abril e 17 maio de 2017 (esse tipo de crime é chamado de insider trading). Nessa data, foram divulgadas informações relacionadas ao acordo de colaboração premiada firmado entre executivos da J&F e a Procuradoria Geral da República (PGR).

Joesley Batista chegou a São Paulo nesta sexta-feira (15) onde vai participar de uma audiência custódia sobre a investigação. Ele estava preso em Brasília em outra operação e foi transferido para a capital paulista. Depois de pousar no Aeroporto de Congonhas, ele passou pelo Instituto Médico Legal (IML) da Zona Oeste e depois vai para a 6ª Vara da Justiça Criminal, onde depõe às 15h.

De acordo com as investigações, o grupo empresarial dos irmãos comprou US$ 1 bilhão às vésperas da divulgação das gravações da delação premiada e vendeu R$ 327 milhões em ações da JBS durante seis dias do mês de abril, enquanto os réus negociavam o acordo com a PGR. A compra de dólar na véspera do vazamento dos áudios da delação premiada levou a empresa a obter ganhos financeiros, já que a cotação da moeda disparou nos dias seguintes à divulgação das conversas.

Em nota, o advogado Pierpaolo Bottini, que defende Joesley e Wesley Batista, afirma que vai recorrer no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ainda nesta sexta da decisão que negou a liminar. "A própria decisão reconhece a ausência de fato novo apto a justificar a prisão. A inexistência de qualquer outro preso preventivo no Brasil pela acusação de insider trading revela uma excepcionalidade no mínimo curiosa", diz o advogado.

Segundo a defesa dos irmãos, não há necessidade de manter os dois presos para o aprofundamento das investigações. A defesa alega que Joesley e Wesley não pretendem fugir do país nem obstruir a Justiça. No caso de Joesley, além do mandado de prisão referente ao crime de insider trading, ele teve prisão temporária decretada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O empresário é investigado por ter omitido informações no acordo de delação premiada.

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