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MAM se pronuncia após polêmica de interação entre criança e artista nu

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MAM se pronuncia após polêmica de interação entre criança e artista nu

Por: Pesquisa Web

Artista fez performance no MAM.

 

Depois que um vídeo da interação entre uma criança e um artista nu rodou as redes sociais e despertou críticas, o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) negou que a apresentação tivesse conteúdo erótico. A instituição ainda frisou que a menina estava acompanhada da mãe na sala, quando tocou os pés do performer, no centro da exibição.

O artista, totalmente nu, ficava imóvel ao centro da exibição, na noite de terça-feira. Os espectadores então podiam trocar a posição de seus braços e pernas, colocá-lo deitado no chão, interagir da maneira que quisessem. Segundo o MAM, a sala "estava devidamente sinalizada sobre o teor da apresentação" e avisava sobre a nudez artística. A performance "La Bête", realizada em evento de inauguração da mostra, não tem conteúdo erótico e propõe uma leitura interpretativa da obra "Bicho", de Lygia Clark. Na avaliação do MAM, as críticas de que a interação em "La Bête" foi inadequada tiram a performance do contexto.

"É importante ressaltar que o material apresentado nas plataformas digitais omite a informação de que a criança que aparece no vídeo estava acompanhada de sua mãe durante a abertura da exposição", lê-se na nota. O publisher e diretor de planejamento do Atraves\\, Demian Grull, assistiu à performance para realizar um mini-documentário sobre a arte contemporânea do país. Ele considerou que as obras e interações da mostram visam a mostrar a "pluralidade de influências que ajudam a criar a identidade da arte no Brasil" e negou que tenha havido constrangimento com a participação da criança.

— Toda boa performance é surpreendente. Não percebi constrangimento, por ser uma criança. Primeiro, porque ela estava acompanhada da mãe, e a performance não tinha conotação sexual ou algo impróprio. Era apenas um corpo nu. Tempos difíceis — destacou.

Nesta sexta-feira, o MAM emitiu uma outra nota na qual considera as "referências à inadequação da situação" como "resultado de desinformação, deturpação do contexto e do significado da obra". A instituição informou lamentar as "interpretações açodadas e manifestações de ódio e de intimidação à liberdade de expressão" nas redes sociais.

A polêmica suscitada com a performance reedita a discussão sobre arte e sexualidade, em voga desde que o Santander Cultural cancelou a exposição "Queermuseu – Cartografias da diferença da arte brasileira", em Porto Alegre, depois de protestos nas redes sociais sobre o teor sexual das obras, supostamente alusivo à zoofilia e blasfêmia. Artistas e curadores chamaram o fechamento antecipado da mostra de censura.

Fonte: Extra Online*

 

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