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Estatal que fabrica camisinhas no Acre enfrenta crise

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Estatal que fabrica camisinhas no Acre enfrenta crise

Por: Pesquisa Web

Funcionário corta uma seringueira para retirar o látex em uma floresta em Kisaran, no norte de Sumatra, na Indonésia.

 

A Natex, fabricante de preservativos masculinos com látex natural, surgiu como uma alternativa sustentável para o abastecimento nacional e fonte de renda e empregos para a região. No entanto, dez anos depois de sua criação, a companhia atrasa salários, paralisou sua produção e busca alternativas para sua sobrevivência.

Com sede na cidade de Xapuri, a companhia é estatal e recebeu investimentos do Ministério da Saúde, em parceria com o Programa Nacional de Prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis. A administração é feita pela Fundação de Tecnologia do Estado do Acre.

Foi a primeira a usar látex de seringueiras nativas – o método fez com que a fábrica se tornasse até uma atração turística. Segundo a Secretaria de Turismo do Acre, o leite retirado das seringueiras da Reserva Extrativista Chico Mendes garantia o sustento de mais de 400 famílias envolvidas direta e indiretamente na produção das camisinhas. Nos seus primeiros anos de operação, a companhia estava otimista. O objetivo era dobrar a produção da fábrica e ingressar no segmento de luvas cirúrgicas.

A empresa tinha capacidade para produzir 100 milhões de preservativos por ano, que seriam todos comprados pelo governo para ampliar o acesso a métodos contraceptivos. Ela responderia por um quarto dos preservativos distribuídos pelo governo no país.

No entanto, o volume das compras despencou por conta das dificuldades financeiras do Estado. De acordo com a Folha de S.Paulo, em 2017 foram comprados apenas 41 milhões de unidades pelo governo. Ainda não há nenhum contrato de compra para este ano.

Sem seu principal cliente, a companhia não consegue pagar seus funcionários e fornecedores. Os salários e pagamentos atrasaram quatro meses e a dívidachega a 1,2 milhão de reais. A fábrica está paralisada há um mês, diz a Folha.

A estatal busca alternativas para sua sobrevivência. Em 2016, iniciou processo para privatização da operação. Uma empresa privada seria responsável pela produção e pelos funcionários, enquanto o governo continuaria dono do prédio e do maquinário, de acordo com o projeto. No entanto, não houve nenhum interessado. Fonte: Exame*

 

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