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França prolonga estado de emergência por três meses: Erradicaremos o terrorismo

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França prolonga estado de emergência por três meses: Erradicaremos o terrorismo

Por: Sites da Web

O presidente da França, François Hollande: ele pede mais países na coalizão contra o jihadismo

O presidente da França, François Hollande, anunciou que prolongará por três meses o estado nacional de emergência no país, em discurso no Parlamento, em Versalhes, nesta segunda-feira (16). A medida é consequência dos ataques terroristas que deixaram ao menos 129 mortos em Paris, na última sexta-feira (13). O decreto de estado de emergência permite às autoridades do país o fechamento de espaços públicos – como ocorreu com pontos turísticos como a Torre Eiffel no fim de semana – e a imposição de toque de recolher e de restrições à circulação de veículos e pessoas no país.

"A França está em guerra. Os atos cometidos em Paris são atos de guerra, são uma agressão contra nossos valores, nosso modo de vida. Nossa república não vai se deixar cair nas mãos de assassinos, colocaremos todas as armas do estado para nos defendermos", afirmou Hollande.

"Os terroristas acham que as pessoas livres vão se render ao terror, mas não é o caso. O povo francês não se rende, é corajoso. Já os terroristas são covardes, matam pessoas sem defesa, desarmadas."

Com homenagens às vítimas da carnificina, a seus parentes e amigos, aos policiais que trabalharam nos resgates e a todos os franceses, o presidente voltou a enfatizar que a França está em guerra contra o terrorismo islâmico, sempre em coordenação com a coalizão liderada pelos EUA.

"Precisamos fazer mais, precisamos de mais unidade, de mais ataques, de mais países do mundo ao nosso lado [...] O inimigo não é da Fraça, é da Europa, e a Europa não pode viver com a ideia de que será atacada [...] Mandamos um aviso aos países que enfrentam ondas de refugiados para que controlem suas fronteiras. É imperativo que façamos isso para impedir os jihadistas de avançarem."

Mudança na Constituição
Hollande foi ainda mais longe em seu discurso. Em meio à longa fala, encerrada com o hino nacional da França – "A Marselhesa" – cantado em uníssono por todos os presentes, Hollande pediu aos parlamentares a rápida discussão e votação de um texto que altere a Constituição do país em relação ao combate ao terror, medida extrema para tentar punir com maior severidade suspeitos de terrorismo mesmo antes da realização de ataques.

"Precisamos de leis contra o terrorismo militante. E sei que vocês concordam comigo a respeito, porque não podemos deixar os bárbaros nos desfigurarem, acabar com nossos fundamentos sólidos, pois continuaremos a viver totalmente livres", disse Hollande.

"A república precisa deste estado de guerra para erradicar e acabar com o terrorismo. E nós vamos fazer isso. O terrorismo não destruirá a França, a França destruirá o terrorismo. Viva a França."

A fala de Hollande foi iniciada minutos depois de o presidente dos EUA, Barack Obama, ter começado seu discurso em encontro do G20 – grupo formado pelas maiores economias do mundo –, na Turquia.

Usualmente voltado para a economia, o evento acabou marcado pelos discursos contra o terror, especialmente contra o avanço do Estado Islâmico, que vem se mostrando o mais influente grupo terrorista da atualidade – entre os ataques reivindicados pelos rebeldes estão, além dos atentados em Paris, a derrubada de um avião russo no Egito (224 mortos) e séries de atos na Turquia, Líbia e, principalmente, na Síria e Iraque, onde dominam um amplo território. Em vídeo, divulgado nesta segunda-feira (16), eles afirmam que seu próximo alvo é a capital dos EUA, Washington.

"Temos de impedir o avanço do EI [...] A estratégia tem de focar em acertar os alvos, limitar a sua liderança, força, cortar suas fronteiras e apertar o espaço onde eles estão para derrotá-los. Conseguiremos mais países parceiros para combatê-los", afirmou Obama.

"O grande desafio é lidar com pessoas que não ligam para nada, que não se importam em matar e morrer. Não é a sofisticação deles que nos preocupa, mas, sim, a ideologia de que eles estão sempre prontos para morrer. Prevenir e combater esses ataques é um esforço constante e coordenado ao qual temos de nos dedicar."

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