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<b>Familiar relata internação de paciente que morreu no HGC</b>

Matéria do Leitor

Familiar relata internação de paciente que morreu no HGC

Por: Camaçari Notícias

Na última segunda-feira (17), morreu mais uma paciente do Hospital Geral de Camaçari (HGC). Uma sobrinha da mulher nos enviou o relato de como foram os dias em que a tia passou internada na unidade até não resistir e morrer. Acompanhe na íntegra:

Segunda-feira dia 17/10/2016, veio a óbito no HGC, em Camaçari, a Sra Jovenilde Souza Araújo, 46 anos, residente no bairro do Mangueiral em Camaçari. A paciente deu entrada na quinta-feira (13/10/2016) com a pressão arterial elevada, dor de cabeça e náusea, foi avaliada e medicada com analgésico. Sexta- feira (14/10/2016), a paciente começa a apresentar sintomas de paralisia nos membros inferior/superior do lado esquerdo, perda de fala e inchaço no rosto. O neurologista avaliou e solicitou uma tomografia do crânio, e exames laboratoriais, nada foi diagnosticado através destes exames.

Sábado (15/10/2016), a paciente começa a apresentar piora no quadro de saúde, já não fala e não tem nenhum movimento, apresenta inchaço e manchas vermelhas em todo o corpo. Novamente o neuro solicita outra tomografia que nada acusou novamente. Depois desta situação o neurologista solicita a transferência da paciente para outro hospital, para uma melhor avaliação e realização de uma ressonância. Domingo pela manhã (16/10/2016), novamente o neurologista retrata a necessidade da transferência, o que não ocorre.

Quero deixar claro que diante de toda esta situação, todos os sintomas apresentados, e que se agravava a cada dia, a medicação da mesma era somente Dipirona, Plasil, Omeprazol e Tylex. Segunda-feira (17/10/2016) às 2h43, infelizmente a paciente sofre uma parada cardíaca e não resiste. É isso mesmo, não resistiu! Laudo médico com a causa da morte “ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL”.

Quero expor a situação como exemplo do descaso que sofremos em nossa saúde. Todos os dias perdemos alguém que conhecemos, um vizinho, um amigo, um ente querido, ou até mesmo pessoas desconhecidas. Muitos casos não chegam à mídia, outros até chegam, mas não pode ser feito mais. Infelizmente hoje a minha família sofre, perdemos uma pessoa que está fazendo muita falta, deixou um vazio muito grande. Peço que publiquem este caso, é real, é a mais pura verdade. Quero saber até quando a sociedade vai sofrer mais tratos como esse?

Até quando os médicos que fazem o juramento de salvar vidas vão omitir socorro, negligenciar situações graves com foi essa? Até quando vamos sofrer por não termos o atendimento devido? Até quando vão negar a vida a quem está disposto a lutar para viver? A portaria 1820 do Ministério da Saúde, no art. 2 diz: “Toda pessoa tem direito ao acesso a bens e serviços ordenados e organizados para garantia da promoção, prevenção, proteção, tratamento e recuperação da saúde”. Infelizmente não se cumpre o que diz este artigo.

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