Especialista esclarece dúvidas sobre a vacina contra febre amarela

De acordo com dados do Ministério da Saúde, até o dia último dia 24 de março, a Bahia registrou 22 pessoas que contraíram a febre amarela. Dos casos notificados, 12 foram descartados e o restante está sob observação. Além disso, devido à doença, uma morte foi confirmada no município de Cândido Sales, próximo à divisa com Minas Gerais. Ao todo, 15 cidades do estado da Bahia notificaram a enfermidade.

Diante desta realidade, uma das formas de prevenir é através da aplicação da vacina. Segundo a Diretora Médica do Seimi Vacinas, Ceuci Nunes, a vacina de febre amarela é segura e eficaz. Pessoas com mais de 60 anos ou imunodeprimidos só podem tomar caso tenham liberação médica. "Por ser uma vacina de vírus vivo atenuado, pode causar reações adversas graves principalmente nestes grupos, embora num percentual pequeno. Devemos pesar com muito cuidado o risco e o benefício. Vamos evitar vacinar desnecessariamente e só vacinar com segurança", aconselha.

A especialista ressalta que todos os casos de febre amarela registrada no Brasil, até o momento, foram silvestres, ou seja, foi transmitida em áreas de mata e por outros vetores que não o mosquito Aedes. "Outra coisa importante é se você tomou ou não doses anteriores. Quem já tomou duas não precisa mais. Se tomou uma, o reforço deve ser aplicado após 10 anos da primeira aplicação. A Organização Mundial da Saúde considera uma dose suficiente, mas o Brasil não adotou esta recomendação", explica.