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Saúde
Por: Secom
“Era por volta das 23h quando uma paciente entrou no meu quarto. Ela começou a chorar. Estava desesperada. No decorrer da conversa, eu percebi que ela estava muito estressada e precisava relaxar. Peguei um livro de pintar que eu tinha ganhado da psicóloga e dei para ela. Disse para ela pintar e que ela precisa recuperar a saúde. No dia seguinte, antes de fazer qualquer coisa, vi que ela já estava pintando e bem mais calma. Pensei comigo mesmo, ‘olha como dá retorno’”.
O relato é de Clíssia Morgana Ribeiro Veloso, paciente do Hospital da Mulher (HM) Maria Luzia Costa dos Santos, em Salvador, e uma das participantes do projeto de artes realizado pelo Núcleo de Psicologia da unidade. A partir desta história, que aconteceu há cerca de um mês, foi iniciado o projeto ‘Borboletas: Transformação’.
A iniciativa leva para as pacientes, terapia por meio da arte. A equipe de Psicologia disponibiliza desenhos, telas de pintura, tintas, lápis de cor e outros materiais com o propósito de permitir que as mulheres possam utilizar no período que estão internadas no hospital. O resultado desses momentos de pintura, recortes e desenhos será mostrado a partir desta terça-feira (16), em uma exposição montada em um espaço na unidade.
A coordenadora do Serviço de Psicologia do HM, Márcia Aquino, explica que o projeto serve de inspiração para que as pacientes permitam liberar toda sua subjetividade, por meio da arte, para resolver conflitos, problemas de comunicação, dificuldades de expressão e muitos outros aspectos psicológicos. “É um movimento junto com os pacientes. Hoje toda a equipe está envolvida. Percebemos uma melhora significativa na recuperação das pacientes”. Ela ainda destaca que a iniciativa ajuda na melhora da autoestima e no emocional. “Elas acabam tirando o foco da doença. A atenção é voltada para a recuperação e para o bem estar”.
A professora de dança, Clíssia Morgana Ribeiro Veloso, em tratamento no hospital, diz que sentir a necessidade de se transformar para que a sua recuperação seja mais rápida. “Eu penso na borboleta, que sai de um casulo transformada. Por isso, dei a sugestão do nome do projeto. Quando eu estou pintando me abasteço de saúde através das cores. Quando você vê as cores no hospital dá outro ânimo”. O nome do projeto foi sugerido por Clíssia por considerar a borboleta um símbolo da transformação, da felicidade, beleza, efemeridade da natureza e da renovação.
Foto: Leonardo Rattes/SESAB
Artes ajudam na recuperação de pacientes do Hospital da Mulher.
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