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Retirada do útero é indicada apenas para 4 doenças: como é feita e implicações

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Retirada do útero é indicada apenas para 4 doenças: como é feita e implicações

Por: Pesquisa Web

Histerectomia é o nome dado à cirurgia de retirada do útero, procedimento agressivo, mas necessário para o tratamento de algumas doenças. A operação pode extrair parcialmente ou completamente o órgão, além de suas estruturas anexas, como os ovários e as tubas uterinas. A seguir, entenda tudo sobre tirar o útero.

Cirurgia de retirada do útero: quando é preciso?
A ginecologista Bárbara Murayama, do Hospital 9 de Julho, explica quais são os acometimentos em que o útero pode ser retirado:

Adenomiose
Adenomiose é uma doença parecida com a endometriose cujo único tratamento definitivo é a retirada do útero. O problema faz com que pedaços do endométrio (revestimento interno do órgão descamado mensalmente, criando a menstruação) invadam o tecido muscular uterino, denominado miométrio.

Câncer
A indicação da cirurgia também prevalece para alguns casos de câncer de colo de útero, ovário ou endométrio. A indicação dependerá do quadro apresentado e de uma ampla conversa entre médico e paciente sobre os prós e contras desse tratamento.

Miomas
Miomas são tumores benignos que se formam no útero de mulheres em idade fértil. A histerectomia é recomendada se o tratamento não invasivo para Mioma não surtir efeito, a mulher não pretender engravidar e o tumor causar muita dor, sangramento ou comprimir outros órgãos.

Sangramentos misteriosos
A ginecologista Bárbara Murayama explica que, independente da causa, pacientes com sangramentos anormais, perigosos e que não respondem a outros métodos, como tratamento hormonal e cirurgias pouco invasivas, devem considerar retirar o útero.

Como é feita a cirurgia de retirada do útero?
O procedimento pode ser realizado por quatro técnicas. Entenda cada uma:

Aberta
Por ser mais invasivo que os demais, esse método é pouco adotado. Consiste em uma grande incisão no abdômen pela qual o órgão é extraído.

Laparoscópica e/ou robótica
Na cirurgia de retirada do útero por videolaparoscopia o abdômen é acessado por meio de pequenos cortes e uma pequena câmera para visualização interna. Já nos procedimentos mais modernos, além da câmera são empregues braços mecânicos para manipulação local, que fornecem grande precisão ao cirurgião. Em alguns casos, o útero é solto e fragmentado via laparoscopia, mas retirado pela vagina.

Vaginal
Mais simples, esse método não envolve cortes e nem deixa cicatrizes, visto que toda a manipulação dos órgãos ocorre por via vaginal. Apesar de pouco agressiva, não é indicado para todas as condições pois não fornece ampla visão da cavidade uterina.

Recuperação
O tempo de recuperação após a cirurgia de retirada do útero dependerá do método utilizado. No procedimento vaginal, um dos menos invasivos, o tempo para retorno das atividades rotineiras pode ser de até quatro semanas. Contudo, as recomendações variam para cada método e paciente, sendo indicado buscar auxílio médico.

Resultados
Além de melhorar a dor, a retirada do útero evita sangramentos e elimina tumores. A vida sexual do paciente também pode ganhar mais qualidade, visto que não existirão mais sintomas incômodos na relação. Todavia, ela apresenta consequências que devem ser debatidas com o médico.

Consequências da retirada do útero
O procedimento faz com que a mulher deixe de menstruar e fique infértil definitivamente. Se os ovários forem preservados, a liberação de hormônios continuará, apesar de não haver menstruação. No entanto, se as estruturas forem extraídas, a mulher entrará na menopausa e, se não houver contraindicação, poderá fazer reposição hormonal. Além disso, a retirada dos ovários acaba com a produção de estrogênio, hormônio que tem ação benéfica na prevenção de doenças do coração e osteoporose.

É perigosa? Veja riscos
Assim como quaisquer outros procedimentos cirúrgicos, a histerectomia apresenta riscos. Entre eles, estão trombose, lesões em órgãos e fístulas (rompimento dos pontos e consequente hemorragia).
Entretanto, pré e pós-operatórios adequados reduzem os riscos.

 

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