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Saúde
Por: Pesquisa Web
A crise de pânico se caracteriza pela elevação abrupta de adrenalina no corpo, causando sintomas como dor na região do peito, falta de ar e a sensação de fechamento da garganta, entre muitos outros. Apesar de ser um acometimento de ordem emocional, o paciente tem a nítida sensação de que irá morrer e sente efeitos físicos do nervosismo. Como os sintomas são muitas vezes parecidos, é comum que, durante a crise de pânico, o paciente pense, na verdade, que está enfartando.
"Muitas pessoas confundem as duas condições. Quando um indivíduo tem sua primeira crise de pânico, por não ter familiaridade com os incômodos, é normal acabar indo ao hospital com suspeita de infarto” afirma o professor Mario Louzâ, médico psiquiatra, doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha, e membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
Ataque cardíaco ou ataque de pânico?
Enquanto a crise de pânico não requer tratamento medicamentoso imediato e tende a acabar sozinha, o ataque do coração necessita de atendimento de emergência, pois a demora tende a ser fatal.
O psiquiatra ensina os principais meios de diferenciar as duas condições:
Crise de pânico: sintomas físicos
Em termos gerais, trata-se de um quadro agudo de nervosismo que pode ocorrer mesmo sem causa aparente. A medicina ainda não sabe explicar a origem do problema.
• “É um incômodo muito localizado na área do tórax e pessoas relatam sentir uma ‘bola’ na garganta”, comenta o psiquiatra;
• Pode acontecer inesperadamente, sem perigo por perto ou situação de estresse;
• Trata-se de uma sensação de dor de curta duração, com pico, geralmente, nos 10 minutos, e que pode durar até no máximo 30 minutos;
• A sensação de que algo está errado pode afetar a respiração e dar sensação de falta de ar;
• Podem ocorrer outros sintomas, como tontura, formigamento na mão, sudorese, tremores, enjoo;
• “Há uma descarga de adrenalina no organismo, cujo motiva a ciência ainda não explica, mas que pode causar os sintomas como taquicardia, por exemplo”, comenta Mario Louzâ, assegurando que a aceleração dos batimentos não chega ao ponto de colocar a saúde do paciente em risco.
• A recomendação é procurar se acalmar e entender que a dor de infarto é extremamente intensa. Em caso de dúvidas, busque atendimento médico para que exames possam atestar a integridade do coração.
Sintomas de infarto
O infarto do miocárdio acontece quando um coágulo interrompe a circulação de sangue em uma região do coração. Pode ser causado por inúmeros fatores, geralmente combinados, como sedentarismo, tabagismo e diabetes e muitos outros.
• É uma espécie de aperto ou compressão no peito muito forte, que pode variar de intensidade, mas é constante;
• Pode irradiar para outras partes do corpo: dificilmente a dor é localizada, como na crise de pânico. Pode afetar pescoço, costas, braço esquerdo (normalmente) e causar sensação de queimação no tórax;
• Em alguns casos, também podem acompanhar náuseas e falta de ar;
• Podem ser afetados, ainda, mandíbula, ombros e braços;
Se você sentir qualquer um dos sintomas, procure um médico o mais rápido possível. Se o infarto não for diagnosticado e o quadro voltar a se repetir, é recomendado procurar um psiquiatra, pois pode ser indicativo de síndrome do pânico.