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Mulher com mania de guardar celular no sutiã desenvolve câncer terminal

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Mulher com mania de guardar celular no sutiã desenvolve câncer terminal

Por: Sites da Web

Aos 51 anos, Wendy culpa o hábito que cultivou por uma década pelo retorno da doença.

Nada de bolsa, bolso ou carteira — ao longo de dez anos, a inglesa Wendy Holt criou o hábito de guardar seu celular dentro do sutiã mesmo. Só que a praticidade agora cobra seu preço. Wendy desenvolveu uma forma grave de câncer de mama, e culpa a radiação do telefone pela doença, diagnosticada em 2012.

Ela, que tem dois filhos e nenhum caso de câncer na família, conseguiu combater a primeira manifestação do câncer nos seios, mas a doença voltou no começo deste ano afetando seus pulmões e gânglios linfáticos. Por causa do câncer terminal, os médicos avisaram Wendy que é muito pouco provável que ela consiga chegar ao seu aniversário de 53 anos.

— Obviamente não vou conseguir nunca provar a relação entre o celular e minha doença, até porque existe um grande debate a respeito dessa questão, mas eu acredito piamente que a radiação é a responsável pelo câncer.

Comprei meu primeiro telefone por volta de 1990, e comecei a guardá-lo no sutiã, porque era prático e ninguém via. Ele ficava encostado na minha pele por provavelmente 70% do dia, ao longo de dez anos, e eu nunca pensei sobre isso. Quero desabafar para alertar as pessoas e fazer com que elas parem com isso.

Wendy percebeu que algo estava errado em janeiro de 2012. No entanto, porque não havia qualquer tipo de caroço no seio, ela não cogitou que seu problema pudesse ser o princípio de um câncer.

Ela conta que seu seio direito estava inchado e pesado, e que tinha a textura de uma casca de laranja. Quando buscou ajuda médica, ela recebeu o cruel diagnóstico de câncer de mama inflamatório, uma forma agressiva da doença, normalmente detectada já em estado avançado. Wendy passou por uma mastectomia dupla, e fez tratamento para os linfonodos.

— Lentamente, comecei a achar que isso pudesse ter sido causado pelo meu celular no sutiã. Embora os médicos dissessem que essa associação não é assim tão simples, eu não conseguia parar de me culpar, porque, no fundo, sei que a causa é essa.

Depois da cirurgia, Wendy e o marido oficializaram a união de 40 anos, casando-se em uma grande festa. Ela passou a visitar o médico a cada seis meses para checagem, e, como sempre, teve uma atitude positiva frente às dificuldades, ainda assim se sentia com sorte em relação à recuperação. No entanto, em setembro de 2014, apenas três meses depois do casamento, ela começou a apresentar uma tosse persistente, que a deixava sem fôlego.

Ela recebeu tratamento para asma, mas, em fevereiro passado, seus problemas respiratórios ficaram tão graves que ela teve de ser colocada em uma cadeira de rodas. Uma tomografia computadorizada revelou um diagnóstico sinistro: o câncer não apenas tinha voltado ao seu sistema linfático e estava pressionando seus pulmões e traqueia, como também atacava o seio novamente de maneira inflamatória. 

— Foi horrível. Fiz quimioterapia por cinco meses, e agora tomo remédios para controlar a doença. Os médicos avisaram que estão tentando me manter viva pelo máximo de tempo possível. Quando o câncer volta dessa maneira, há pouca chance de sobreviver. Não acho que eu vá conseguir passar de um ano.

— Foi difícil contar para meus filhos e enteados que eu estava doente da primeira vez, mas agora que é terminal, eles sabem que a mamãe vai morrer. Eu e meu marido estamos tentando pensar positivo, mas é claro que há dias que são mais complicados que os outros. Eu, às vezes, pergunto a ele como seria se eu só tivesse mais duas semanas de vida, e ele sempre responde que, então, devemos fazê-las valer a pena.
 

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