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Qual o melhor açúcar? Listamos dos mais saudáveis aos piores no mercado

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Qual o melhor açúcar? Listamos dos mais saudáveis aos piores no mercado

Por: Pesquisa Web

 

Taxado como "vilão" da alimentação moderna, o açúcar é cada vez mais associado à epidemia da obesidade e doenças crônicas, como também é relacionado à mudança de nosso paladar e rotina alimentar, uma vez que ele tem o poder de viciar como a heroína.

O excesso do consumo de açúcar pode prejudicar a saúde e até mesmo levar à morte. De acordo com a OMS (Organização Mundial da saúde), a diabetes já afeta quase 1 em cada 11 adultos no mundo. Os níveis elevados de açúcar no sangue estão relacionados a 3,7 milhões de mortes todos os anos.

Mas será que o açúcar é faz tanto mau para o nosso corpo? Depende. Depende da quantidade de açúcar que ingerimos e, sobretudo, do tipo de açúcar que compramos no supermercado. Hoje há uma infinidade de açúcares. Além do já conhecido refinado, presente na grande maioria das casas brasileiras, também existem o açúcar mascava, demerara, orgânico e até light. Mas, será que eles são tão diferentes do tradicional?

"O problema é que o açúcar refinado é uma caloria vazia, ou seja, não tem nutriente nenhum. Ele é calórico e ainda dá pico de glicemia, o que pode desencadear resistência à insulina, pré-disposição à diabetes e ainda aumentar o apetite de uma pessoa", explica nutricionista especializada em Fisiologia do Exercício, Anielle D'Angelo. "Hoje tem uma linha muito grande de açúcares naturais, que não dão pico glicêmico, que têm nutrientes e não passam por tantos processos químicos quanto o refinado."

A nutricionista listou para o HuffPost Brasil os melhores e os piores açúcares que temos no mercado, analisando também os prós e contras. Veja o resultado:

Açúcar de coco
"O açúcar que vem do coco é o melhor de todos por alguns motivos: ele não deixa dar pico glicêmico, adoça bem e ainda é nutritivo. Ele é muito rico em minerais, vitaminas e consegue adoçar qualquer receita."

Ponto negativo: ele é mais caro que os demais açúcares, principalmente em comparação ao refinado.

Açúcar mascavo
"Apesar de vir da cana de açúcar, assim como o refinado, ele tem um índice glicêmico menor. E justamente por não passar tantos refinamentos ele concentra mais nutrientes, sendo fonte de minerais e vitaminas."

Negativo: ele é mais caro que o refinado e não tem tanto nutriente quanto o açúcar de coco.

Orgânico
"A grande vantagem é que ele é orgânico. Não se adiciona agrotóxico e fertilizante químico em toda sua cadeira de produção, então ele é bem natural. É indicado para pessoas que buscam este estilo de vida mais orgânico."

Negativo: pode dar pico glicêmico e tem menos nutrientes que os já citados.

Demerara
"Apesar de não ser orgânico, ele não recebe nenhum aditivo químico no processo industrial, passando por um processo de refinamento bem superficial. Os grãos dele são mais graúdos e escuros e tem um pouco mais de nutrientes que o refinado."

Negativo: pode dar pico glicêmico e tem menos nutrientes que os anteriores.

Açúcar light
"A proposta dele é reduzir pela metade o valor calórico em relação ao refinado, compondo 50% de açúcar e 50% de adoçante artificial."

Negativo: além de ser metade açúcar refinado, o light tem uma outra metade composta por adoçante artificial, que na maioria das vezes é aspartame ou sucralose. "Várias pesquisas mostram que estes adoçantes podem causar desequilíbrio na flora intestinal, chamada de disbiose. Ele está associado à diarreia, secamento intestinal, síndrome da má absorção de nutrientes, digestão mais lenta, candidíase e infecções urinárias."

Açúcar refinado
"As únicas coisas que tem dentro dele são calorias e a tal da glicose, que vai oferecer energia. Só que é uma energia com carga glicêmica alta, causando acúmulo de açúcar no nosso sangue e maior secreção de insulina, hormônio que retira o açúcar do sangue e o transforma em energia. A energia chega rápido e vai embora rápido também, nos causando fadiga e ainda mais apetite, porque o cérebro entende que precisamos de mais energia., causando um ciclo vicioso Se existem outros açúcares que cumprem esse papel de adoçar, por que não evitá-lo?"

E os adoçantes?
Como a nutricionista Anielle D'Angelo já citou, os adoçantes sintéticos, como sucralose, sacarina e aspartame, não são recomendados por não trazer benefícios para a saúde. Em relação aos adoçantes naturais, como xilitol e stevia, a nutricionista pondera que eles podem ser interessantes para pessoas que têm diabetes, resistência à insulina ou têm alguma restrição de açúcar.

Ela reitera, no entanto, que os açúcares naturais, como o de coco, mascavo e o demerara, são mais interessantes do ponto de vista da nutrição. "Fazendo o uso de açúcares de boa procedência e de forma moderada, não tem problema nenhum."

O excesso de açúcar e o índice glicêmico
Quando comemos muito açúcar (doces com açúcar refinado, em geral), aumentamos rapidamente a glicose no sangue. Para trabalhar todo este açúcar que ingerimos, nosso corpo produz insulina, o hormônio que retira o açúcar do sangue e o transforma em energia.

"A questão é que o corpo humano não foi feito para suportar muitas cargas de glicose no sangue", explica a Nutricionista Mestre em Ciências e especializada em Fisiologia do Exercício, Anielle D'Angelo.

Alimentos com alto índice glicêmico desencadeia em uma liberação de grandes quantidades de insulina para manter os níveis de glicose no sangue dentro do limite, o que sobrecarrega o pâncreas. A insulina elevada também contribui para menor saciedade e até resistência à insulina.

"Quando você come um alimento com carga glicêmica alta, nosso corpo produz muita insulina para lidar com esse excesso de açúcar, tira a glicemia do sangue rapidamente para transformar em energia, e isso faz o cérebro achar que está faltando energia, então ele aumenta seu apetite. É um ciclo vicioso", explica.

É só se lembrar daquela macarronada de massa branca com molho de tomate. Quanto tempo depois você estará morrendo de fome? Fonte: HuffPost*

 

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