Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Saúde

/

Brasil é líder em mortes por insuficiência cardíaca

Saúde

Brasil é líder em mortes por insuficiência cardíaca

Por: Sites da Web

Cansaço constante e inchaço nas pernas. Duas manifestações do corpo que podem indicar uma doença grave. Com 100 mil casos a cada ano, sendo que 12,5% dos internados vão a óbito, o Brasil já é líder mundial em mortes por insuficiência cardíaca. Entre as doenças cardiovasculares, a insuficiência respiratória – condição na qual o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo – é a terceira que mais mata.


De acordo com o cardiologista baiano, Jadelson Andrade, são considerados normais os batimentos cardíacos de 60 a 100 por minuto. “O coração é como uma bomba, com contração feita pela musculação. Ele fica vazio, incha e contrai. A insuficiência respiratória é uma deficiência da contração. É a incapacidade do coração de impulsionar o sangue para os músculos”, destacou.
Sem ser impulsionado, o sangue acaba voltando para o pulmão, resultando na falta de ar. Algo que pode ser comparado ao que acontece no trânsito: se há uma barreira na frente, consequentemente aumentará o trânsito para quem vem atrás, causando congestionamento. No pulmão, esse congestionamento é chamado de edema pulmonar: um acúmulo de fluido nos pulmões que leva a dificuldades nas trocas gasosas e, é claro, a insuficiência respiratória.

“O ar que você respira não consegue chegar ao pulmão. Você começa sentindo falta de ar com pequenos esforços físicos, como subir uma escada. E então começa a sentir andando no plano, ou até mesmo em repouso, causando a dispneia. Cada vez mais o indivíduo sente-se limitado a fazer exercícios físicos”, informou o cardiologista.


Uma das principais causas da doença é decorrente de desordem estrutural ou funcional do miocárdio, que pode resultar numa má operação do coração, órgão vital que trabalha como uma bomba mecânica.  “O indivíduo que tem infarto agudo do miocárdio [popularmente conhecido como ataque cardíaco] priva o músculo de distribuir fibras, fazendo com que, após o infarto, o coração possa ter insuficiência respiratória”, explicou Andrade. No entanto, de acordo com ele, nem todo mundo que já teve infarto poderá ter insuficiência.
Outras causas são a hipertensão arterial elevada, não controlada, conhecida como pressão alta, doença caracterizada pela elevação dos níveis tensionais do sangue; doenças pulmonares; além da Doença de Chagas – ainda frequente na Bahia, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida pelas fezes de um inseto conhecido como barbeiro. “A doença leva cerca de 20 anos para se manifestar, então ainda temos muitos diagnósticos aparecendo na Bahia”, esclareceu o cardiologista Júlio Braga. A insuficiência cardíaca também pode ser causada pela miocardiopatia alcoólica: quando o indivíduo consome grande quantidade de álcool cotidianamente.


Para o tratamento, primeiro o paciente precisa ser diagnosticado. Nestes casos, são necessários três exames: eletrocardiograma, raio-x do tórax e ecocardiograma. “O cardiologista já suspeita pela consulta, pelo histórico do paciente, ele contando que começou a cansar, que a noite acorda sem ar, que começou a notar as perna inchadas; e escutando o pulmão, percebendo a presença de líquido. Os exames são para confirmar e externar o grau de insuficiência respiratória, que vai do primeiro ao quarto grau”, disse. O 1º grau da doença é a falta de ar e o 4º é insuficiência cardíaca congestiva.


A insuficiência respiratória costuma atingir pessoas já vividas. No entanto, algumas pessoas podem desenvolver a doença mesmo na infância, devido à cardiopatia congênita. 
Independente da causa, o tratamento consiste, sobretudo, em medicamentos. De acordo com o cardiologista Braga, são de 3 a 8 medicamentos diferentes por dia. Um para cada sintoma. “Os remédios aumentam as chances de a pessoa viver, e com qualidade. Como é uma doença que atinge muitas pessoas no mundo, os medicamentos são muito bem testados, vindos de intensas pesquisas”, informou. 

Relacionados