Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Saúde

/

França autoriza transplante de útero retirado de mulheres com morte cerebral

Saúde

França autoriza transplante de útero retirado de mulheres com morte cerebral

Por: Pesquisa Web

O primeiro bebê gerado após o transplante de útero está previsto para 2018.

As autoridades francesas autorizaram nesta semana a realização de testes clínicos para os primeiros transplantes de útero no país. O procedimento é pioneiro por ser realizado a partir da retirada do órgão de mulheres com morte cerebral.

Um ano depois da Suécia anunciar o nascimento por meio do procedimento, uma equipe de ginecologistas e obstetras do Hospital Universitário de Limoges, no interior da França, selecionará oito voluntárias para que os experimentos comecem ainda neste ano. O objetivo é de que o primeiro bebê nasça até o final de 2018.

Nascimentos previstos para 2018

De acordo com um comunicado divulgado pelo Hospital Universitário de Limoges, os testes serão realizados primeiramente em oito voluntárias, recrutadas em toda a França, com rígidos critérios de seleção. As pacientes deverão ter entre 25 e 35 anos de idade e um quadro clínico favorável para o procedimento.

Segundo a equipe médica, a seleção dessas pacientes começará ainda neste ano. A intenção é que o primeiro transplante aconteça até o final de 2016 e a expectativa é que o primeiro bebê francês gerado em um útero transplantado nasça em 2018.

A pesquisa é destinada às mulheres que fizeram histerectomia (remoção do útero) ou por aquelas que nasceram sem o órgão reprodutor devido à Síndrome de Rokitansky (MRKH – Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser). A doença é caracterizada pela má formação da parte superior da vagina (ceca de 2/3)  e pela falta do útero.

A origem genética dessa síndrome ainda não é conhecida. A anormalidade geralmente é detectada na adolescência, com a ausência do ciclo menstrual ou no início da vida sexual. O primeiro sinal é a falta de menstruação em mulheres jovens. O tratamento consiste em reconstruir uma nova vagina para permitir uma vida sexual normal.
 

transplante de útero

Oito mulheres participarão dos testes clínicos do experimento.

Em setembro deste ano, uma equipe anglo-americana também recebeu a autorização para fazer o transplante de útero, mas ainda não conseguiu os recursos financeiros necessários. Os investimentos para o procedimento foram liberados pelo governo francês e em breve o Hospital de Limoges pode ser o primeiro no mundo a realizar o nascimento de uma criança a partir de um útero de um falecido.

O transplante de útero já foi realizado de maneira experimental na Turquia e na Arábia Saudita, mas não obteve sucesso. Na Turquia, uma mulher que recebeu o útero transplantado chegou a engravidar, mas acabou perdendo o bebê.

Em setembro de 2014, uma sueca de 36 anos deu a luz ao seu primeiro filho após receber o útero doado por uma amiga. O bebê nasceu saudável e comprovou a eficácia da técnica.


Polêmica

Ao contrário do que tem sido feito na Suécia, a equipe multidisciplinar do hospital francês escolheu a prática de transplantes de útero de doadores mortos. A opção, considerada pelos especialistas tecnicamente mais difícil, evita as questões éticas levantadas após o procedimento sueco. Na época, várias entidades contestaram o método alegando que as doações expunham as mulheres a riscos cirúrgicos.

Fonte: Doutíssima

Relacionados