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Por surto de microcefalia, médicos desaconselham engravidar agora

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Por surto de microcefalia, médicos desaconselham engravidar agora

Por: Sites da Web

É 'altamente provável' que o surto de microcefalia tenha relação com uma possível infecção das gestantes pela zika vírus 

Após um surto sem precedentes de microcefalia registrado em alguns estados da região Nordeste, médicos estão recomendando que as mulheres evitem engravidar agora. O Ministério da Saúde já registrou, em pouco mais de três meses, 399 casos de recém-nascidos com microcefalia, uma doença rara que provoca uma má-formação do cérebro que pode causar problemas graves no desenvolvimento da criança.

O diretor de vigilância de doenças transmissíveis no Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, diz que é “altamente provável” que o surto de microcefalia tenha relação com uma possível infecção das gestantes pela zika vírus, doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o infectologista Artur Timerman, presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, desaconselha as mulheres a engravidarem agora, mesmo aquelas que moram em regiões sem surtos de zika.

O presidente eleito da Federação dos Ginecologistas e Obstetras, Cesar Fernandes, ressalta que as mulheres que moram em regiões endêmicas para zika devem adotar “uma anticoncepção efetiva”. Já nas demais regiões “o princípio da precaução deve ser adotado”. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse nesta quarta-feira, 18, que as mulheres que querem engravidar devem avaliar os riscos junto com a família e médicos.

Embora até agora não tenha sido feita uma recomendação oficial para se evitar a gravidez, o diretor da Sociedade Brasileira de Medicina Reprodutiva, Artur Dzik, está aconselhando as pacientes a usar repelente e evitar viagens às regiões com surtos de zika. Caso a relação entre o surto de microcefalia e o zika vírus seja confirmada, o problema pode atingir outros estados brasileiros e até mesmo outros países, segundo o ministro Marcelo Castro.

“O zika era tratado como dengue mais branda. Se for confirmado que é o causador, isso o torna o mais perigoso dos vírus transmitidos pelo Aedes Aegypti”, ressaltou o ministro da Saúde.

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