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Cunha transformou a Câmara em um "balcão de negócios", diz Janot

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Cunha transformou a Câmara em um "balcão de negócios", diz Janot

Por: Sites da Web

Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), transformou a Casa Legislativa em um “balcão de negócios”.


A afirmação consta de trecho do pedido de afastamento de Cunha do cargo em que os investigadores detectaram troca de mensagens de celular e outras informações que provariam que Cunha é um “longa manus” de empresários para apresentar medidas legislativas que o beneficiassem.


“E Eduardo Cunha recebia valores, seja por doações oficiais, para si ou para os deputados que o auxiliavam (também este o motivo pelo qual possui tantos seguidores), ou por meio de pagamentos ocultos”, escreveu Janot. Cunha é suspeito de atuar em ao menos onze medidas provisórias para beneficiar bancos em liquidação e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual. De acordo com da Procuradoria-Geral da República (PGR), o peemedebista atuou “protegendo os interesses ilícitos destes em detrimento do interesse público, visando, assim, receber vantagens indevidas”.


Documento colhido no final de novembro cita pagamento de R$ 45 milhões ao peemedebista para aprovar emenda em medida provisória que beneficiaria o BTG Pactual, de André Esteves.


“Há indícios da participação de Eduardo Cunha, direta ou indiretamente (por meio de interpostos parlamentares aliados dele) em medidas provisórias, apresentando emendas que visavam favorecer os bancos em liquidação e, mais especificamente, André Esteves”, escreveu o procurador-geral.


A Procuradoria também identificou troca de mensagens de celular que mostram que o peemedebista atuou no Congresso em favor de interesses de empreiteiras e teria recebido valores por isso. Foram captadas “centenas de mensagens” no celular do presidente da OAS, conhecido como Leo Pinheiro, trocadas com Cunha. Pelas apurações, projetos de lei do interesse das empreiteiras eram redigidas pelas próprias empresas que elaboravam o texto após “consultoria” do peemedebista.


Os projetos eram, posteriormente, apresentados no Congresso por meio de jabutis em medidas provisórias.

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