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O velho Mônaco escreve: POLÍTICA 2016 “OS DILEMAS DO PREFEITO ”

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O velho Mônaco escreve: POLÍTICA 2016 “OS DILEMAS DO PREFEITO ”

Por: Camaçari Notícias

CRÔNICAS DA CIDADE
2016.74 –   ANO  V

  J.R. MÔNACO
Bacharel em Direito, Consultor
Politico, Testemunha Ocular da
  História.


    “Criticar é fácil, o difícil é fazer melhore em  determinadas situações  eleger prioridades materializando  os discursos  que podem  transformar a vida das pessoas”.
Autor desconhecido

POLITÍCA  2016 “OS   DILEMAS DO  PREFEITO ”

Até os leigos e principiantes sabem que a base fundamental para o sucesso de qualquer administração pública ou privada se caracteriza pelo bom relacionamento entre o  mandachuva,  funcionários, trabalhadores e o povo em geral que  de uma forma ou de outra contribuem  para  o êxito  da instituição criando   mecanismos para o alcance das metas desejadas.

O conhecimento e a competência desses agregados contribuem sem dúvidas com a causa e quando bem administrados ajudam a transpor barreiras tornando mais fácil o acesso a determinados caminhos, superando os obstáculos, principalmente quando predomina a vontade politica  de vencer as dificuldades.

VELHOS E NOVOS RUMOS

O prefeito Ademar Delgado de quem falaremos hoje iniciou a sua trajetória profissional como funcionário da Prefeitura de Salvador onde se aposentou como auditor fiscal. Formado em “Economia” pela UFBA aportou em Camaçari por voltas de 1977 inicio de 1978 por indicação de Manoel Casto ex-prefeito da capital. Colocado à disposição da PMC foi nomeado pelo prefeito Humberto Ellery para cuidar do Orçamento Municipal onde permaneceu  por quase uma década.

Com a restauração das eleições nas áreas de segurança nacional e a consequente vitória de Caetano nas eleições de 1985 foi  escolhido como Secretário de Finanças do Município. Único funcionário em cargo de confiança  que na campanha anunciou  publicamente o seu apoio a LC eleito prefeito  naquele ano.

O atual prefeito possui uma história incomum em sua trajetória político-profissional: tornou-se amigo de  Luiz Caetano exerceu várias vezes o cargo de Secretário em diversas secretarias, alcançando o cargo de Diretor Superintendente da Limpec no governo de Ellery. Uma particularidade: nunca pertenceu ao quadro de carreira da PMC, embora seus salários fossem pagos pela Prefeitura de Salvador  e ressarcidos pela  Prefeitura de Camaçari.

CONVÍVIO

Nos quase quarenta anos de convívio politico esteve sempre presente na oposição. Optando pela bandeira vermelha, ressalvas a quando presidiu temporariamente o PSDB em Camaçari, por ironia destituído pelo próprio  Luis Caetano; candidatou—se a vereador, mas, não  conseguiu se eleger.

Fez parte da campanha politica de 1992 contra o grupo de Tude  juntando-se a uma frente de rivais  composta por D. Simara Ellery, Luiz Caetano,  Luiza Maia, Raimundo Pinheiro elegendo  Ellery e Gilberto D’Errico prefeito e vice de Camaçari. Visto como homem de confiança, controlador de recursos foi tesoureiro em quase todas as campanhas realizadas na era do PT.

Considerado um cara íntegro, não fez riquezas com política e quase nenhuma restrição sobreveio  sobre si  durante  estes anos, em contrapartida é visto como um prefeito linha dura, mão de figa, não chegado  a favores, gestão razoável, embora não seja  hostil. Zeloso  com o  erário público não tem contado com alguns  correligionários,  político ávidos  por gastos imoderados  complicadores da vida  de quem responde pela prefeitura assina cheques, no caso, o Prefeito.

É de bom alvitre que se registre; um prefeito vitorioso em eleições pode preencher cargos na administração dividindo-os com os partidos políticos que o  apoiaram, desde quando atente para a qualidade  dos escolhidos., mesmo assim o descontentamento estará presente.

Em verdade, os cargos em comissão deveriam ser preenchidos por profissionais capazes ou por aqueles melhor selecionados em concurso público, por mérito ou por indicação de pessoas do próprio quadro  do pessoal  efetivo, o que pouco ocorreu em Camaçari, optou-se pelo aparelhamento do governo municipal por força do acôrdo  divisão de cargos entre os partidos que o apoiaram nas eleições. Resultado: administração  descompensada.

Agora, o prefeito Ademar começa a enfrentar o chamado bombardeio político  territorial surge o dilema “ O que devo fazer para  me salvar”. Controlar as  feras que ele próprio criou não é tarefa amena, os amigos de ontem são os  adversários  de agora, os elementos que o abraçavam, hoje, soltam foguetes na porta da Prefeitura e lhe dirigem impropérios,  gestos  obscenos, clamando pela sua saída do controverso  PT.

SUPOSIÇÕES

Rumores dão conta de que o grupo do prefeito aposta na inelegibilidade de Luiz Caetano que poderá ou não ser candidato;  da mesma forma no impedimento de Elinaldo.  Dai, a candidatura da advogada Jailce Andrade indicada por Ademar poderá prosperar e superar os obstáculos, contando no futuro com a ajuda de eleitores do próprio Caetano somado à força do poder e dos recursos naturais  que advirão  para enfrentar Tude  no esperado  bate chapa. Vamos aguardar  pra ver!

O Prefeito Ademar conta no momento com o apoio de 12 (doze) partidos políticos na sequência  PCdoB, PRB, REDE, PTC, PSB, PMN, PEN, PR, PROS, PTdoB, PV e PSD e trabalha desesperadamente  para contar com o apoio de outros  sem se levar em conta as inúmeras lideranças que vêm sendo  cooptadas para integrar  o processo  de campanha  donde surgirão  as esperadas articulações. Portanto, quem pensa que Ademar está dormindo ou sonambulando pode estar enganado e com toda a rejeição que parece existir Delgado  ainda detém maioria na Câmara.

Ademais, o atual prefeito tomou uma decisão de proporções dirigida aos servidores que ocupam cargos comissionados. “Quem não estiver com ele estará contra ele”. Aviso aos  Navegantes: serão exonerados.  Em cima do muro é que ninguém vai ficar. Nesse caso, o baixinho trabalhou certo, haja  vistas,  não ser possível fazer politica usando dois pesos e duas medidas.
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O VOTO E AS ADVERSIDADES.

Apesar da comentada crise que dizem assolar o país e provavelmente chegará a  Camaçari, existe ainda esperanças do eleitor votar em candidatos que apresentem propostas para tirar Camaçari da intolerância  assumindo o verdadeiro compromissos com a cidade.

Trocado em miúdos, Camaçari vive hoje um momento até certo ponto crucial na sua história politica administrativa e precisa escolher entre dois caminhos optando  pelo mais fácil com grandes chances de tornar a cidade altamente desenvolvida com o progresso e o desenvolvimento brotando a cada dia ou pelo caminho mais difícil traduzido pela inoperância, atraso,  crescimento da  violência, falta de assistência médica, educação oscilante, estradas esburacadas, assistência social  precária, poluição e outras dificuldades.

Enfim, se o prefeito não estiver preparado para as adversidades dificilmente deixará  de conviver com os dilemas que não são poucos, e, como se não bastasse  quando “chegar a hora da onça beber água” ter subsídios para preparar o sucessor, eleição ou reeleição surgindo então  o dilema maior,  a derrota política.

Finalizando: Ademar e os correligionários  terão  que  se  valer de  recursos  ainda não utilizados para cumprir a  grande  “Via Crucis” que inevitavelmente poderá advir.

Um abraço e até o próximo encontro!

J.R. Mônaco
[email protected]


 

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