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Ex-ministro, Jaques Wagner irá assumir cargo no governo da Bahia

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Ex-ministro, Jaques Wagner irá assumir cargo no governo da Bahia

Por: Pesquisa Web

Jaques Wagner será coordenador da Codes na Bahia (Foto: Manu Dias/GovBA)

 

O ex-ministro e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), foi nomeado pelo atual governador do estado, Rui Costa (PT), como coordenador executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia (Codes), estrutura vinculada à Secretaria de Relações Institucionais (Serin). A nomeação foi publicada no Diário Oficial do Estado na edição desse sábado (19).

O político não assumia cargos de governo desde maio deste ano, quando a então presidente Dilma Rousseff foi afastada interinamente da Presidência após a abertura de processo de impeachment. Na época, Jaques Wagner era chefe de gabinete da presidente e tinha status de ministro.

O Conselho que será coordenado por Jaques Wagner tem o objetivo de assessorar o governador do estado na discussão e elaboração de políticas públicas e diretrizes voltadas à promoção do desenvolvimento sustentável da Bahia. Segundo a Serin, o colegiado tem como prática a promoção de debates sobre assuntos relativos à dinâmica socioeconômica do estado por meio do diálogo entre a sociedade civil e os gestores públicos federais, estaduais e municipais.

Em uma rede social, Jaques Wagner comentou a nomeação. "Estou muito feliz de estar de volta à Bahia e poder contribuir com nosso projeto. Assumir a coordenação do CODES é desafio que me agrada e estimula: promover diálogo e mediação como método de gestão, como modo de governar", disse.

No governo Dilma Rousseff, Jaques Wagner foi ministro da Defesa (2014) e da Casa Civil (2015), como também chefe de gabinete da presidente (2016). No governo Lula, foi ministro do Trabalho (2003) e de Relações Institucionais (2005/6), além de ter chefiado o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (2004).  Além disso, foi governador da Bahia por dois mandatos consecutivos (2007-2014)  e deputado federal por três mandatos.

Lava Jato
Em junho deste ano, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o envio de um pedido de abertura de inquérito para o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, para investigar Jaques Wagner.

O pedido de investigação apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou ao Supremo por meio de um processo oculto (alto grau de sigilo). O despacho afimava que Janot pediu a abertura de inquérito "em razão de fatos possivelmente ilícitos relacionados a Jaques Wagner". A decisão de Celso de Mello, entretanto, não detalhava quais suspeitas pesavam sobre Jaques Wagner, apenas afirma que o pedido tinha relação com a Lava Jato.

Jaques Wagner foi citado na delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O delator afirmou nos depoimentos que o ex-chefe da Casa Civil recebeu, em 2006, ano em que concorreu pela primeira vez ao governo da Bahia, recursos desviados da Petrobras.

Trajetória
Jaques Wagner nasceu no Rio de Janeiro em 16 de março de 1951 e começou a se envolver com política aos 18 anos, quando presidiu o diretório acadêmico da Faculdade de Engenharia Civil da PUC-RJ. Devido à atuação no movimento estudantil, passou a ser perseguido pelo regime militar, deixou a universidade e foi para a Bahia.

Em Camaçari, no litoral baiano, começou a trabalhar como técnico em uma indústria petroquímica. Na década de 1980, conheceu Lula  e participou da  fundação do PT. Também ajudou a instalar a sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na Bahia e atuou como presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica do estado, de 1987 a 1989. Wagner assumiu o primeiro mandato em 1990, quando se elegeu deputado federal, reeleito em 1994 e 1998. Antes de se tornar ministro de Lula e governador da Bahia, tentou se eleger prefeito de Camaçari (BA), mas perdeu.

 

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