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Pescadores de Guarajuba denunciam ambulantes que vendem peixes com formol

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Pescadores de Guarajuba denunciam ambulantes que vendem peixes com formol

Por: Sites da Web

 

Pescador Alexandre Oliveira exibe peixe fresco
(Foto: Almiro Lopes/CORREIO)

Com a suspeita de que a doença misteriosa que causa dores musculares e deixa a urina escura venha do consumo de peixes em Guarajuba, pescadores da região denunciaram ambulantes que vendem pescado misturado com formol na praia. "Um grupo de seis pessoas compra peixe de má qualidade em Salvador e traz até aqui para vender aos turistas. Vendem em baldes com água e formol", afirma o presidente da Associação de Pescadores de Guarajuba e Monte Gordo, Raimundo da Cruz.

De acordo com pescadores e moradores de Guarajuba, os ambulantes utilizam táticas para fingir que o peixe está fresco. "Eles chegam em um balde. Aí mela ali na areia, molha no mar e diz que é pescador", conta o líder comunitário Manoel Alves. "Eles chegam aqui (em Guarajuba) às 8h e saem às 16h, imagine a condição desses peixes", completa Raimundo.

O presidente da associação de pescadores conta ainda que os vendedores mentem sobre a espécie dos peixes. "Vendem cabeçudo e charéu dizendo que é olho de boi. E piraboca como badejo", revela. Olho de boi é justamente a espécie em que recai a suspeita de causa da doença. Uma turista de Goiás, que se identificou apenas como Patrícia, confirma a presença dos ambulantes. "Ontem vi dois rapazes vendendo. Tinham uns vermelhos menores, e dois peixes do olho grande, que eles falaram ser olho de boi. Mas só comprei camarão", diz, aliviada.

A Associação tem uma peixaria, localizada ao lado dos restaurantes e barracas que funcionam na praia. Segundo Raimundo, os estabelecimentos compram os pescados nessa peixaria ou nas de Monte Gordo, distrito localizado do outro lado da rodovia. "Trabalhamos apenas com vermelho, que compramos na peixaria (da associação), e pescado amarelo, que vem de Belém (no Pará).

Os outros restaurantes também fazem a mesma coisa", garante Carlos Alberto Oliveira, dono do tradicional Bar do Carlinhos. Tanto seu Carlinhos, quanto os pescadores reclamam da falta de fiscalização por parte do poder público. "Esses ambulantes que vêm para cá sujar o nome de Guarajuba, deveriam ser proibidos de vender aqui", apela Manoel Alves.

Para comprovar peixes usados em restaurante, seu Carlinhos exibe cardápio
(Foto: Almiro Lopes/CORREIO)

Monte Gordo 
Alguns moradores em Monte Gordo não sabiam da notícia da doença, mas contaram a mesma história. "Isso aí deve ser aqueles peixes que vem de fora, não é peixe de Guarajuba. Chega aqui já deteriorado, só não desmancha porque vem com o anzol preso na espinha", brinca o vendedor José Carlos, 46.

Já a vendedora de churrasquinho Maria Silva, 47, acha difícil que a doença venha do peixe. "Eu como olho de boi toda semana, é um dos peixes que mais gosto. Já comprei nos ambulantes, na peixaria, e nunca tive nada", declara, mas deixa escapar preocupação. "Com esses casos, vou ficar cismada".

A Unidade de Pronto Atendimento do local não recebeu nenhum paciente com os sintomas da doença misteriosa. "Chegou apenas um menino de uns 10 anos com dor articular, não conseguia se levantar. Mas deve ser outra coisa, desconfiamos de chikungunya", conta a médica da unidade de saúde, que preferiu não se identificar. Fonte: Correio*

Pescador Alexandre Oliveira exibe peixe fresco
(Foto: Almiro Lopes/CORREIO)

Com a suspeita de que a doença misteriosa que causa dores musculares e deixa a urina escura venha do consumo de peixes em Guarajuba, pescadores da região denunciaram ambulantes que vendem pescado misturado com formol na praia. "Um grupo de seis pessoas compra peixe de má qualidade em Salvador e traz até aqui para vender aos turistas. Vendem em baldes com água e formol", afirma o presidente da Associação de Pescadores de Guarajuba e Monte Gordo, Raimundo da Cruz.

De acordo com pescadores e moradores de Guarajuba, os ambulantes utilizam táticas para fingir que o peixe está fresco. "Eles chegam em um balde. Aí mela ali na areia, molha no mar e diz que é pescador", conta o líder comunitário Manoel Alves. "Eles chegam aqui (em Guarajuba) às 8h e saem às 16h, imagine a condição desses peixes", completa Raimundo.

O presidente da associação de pescadores conta ainda que os vendedores mentem sobre a espécie dos peixes. "Vendem cabeçudo e charéu dizendo que é olho de boi. E piraboca como badejo", revela. Olho de boi é justamente a espécie em que recai a suspeita de causa da doença. Uma turista de Goiás, que se identificou apenas como Patrícia, confirma a presença dos ambulantes. "Ontem vi dois rapazes vendendo. Tinham uns vermelhos menores, e dois peixes do olho grande, que eles falaram ser olho de boi. Mas só comprei camarão", diz, aliviada.

A Associação tem uma peixaria, localizada ao lado dos restaurantes e barracas que funcionam na praia. Segundo Raimundo, os estabelecimentos compram os pescados nessa peixaria ou nas de Monte Gordo, distrito localizado do outro lado da rodovia. "Trabalhamos apenas com vermelho, que compramos na peixaria (da associação), e pescado amarelo, que vem de Belém (no Pará).

Os outros restaurantes também fazem a mesma coisa", garante Carlos Alberto Oliveira, dono do tradicional Bar do Carlinhos. Tanto seu Carlinhos, quanto os pescadores reclamam da falta de fiscalização por parte do poder público. "Esses ambulantes que vêm para cá sujar o nome de Guarajuba, deveriam ser proibidos de vender aqui", apela Manoel Alves.

Para comprovar peixes usados em restaurante, seu Carlinhos exibe cardápio
(Foto: Almiro Lopes/CORREIO)

Monte Gordo 
Alguns moradores em Monte Gordo não sabiam da notícia da doença, mas contaram a mesma história. "Isso aí deve ser aqueles peixes que vem de fora, não é peixe de Guarajuba. Chega aqui já deteriorado, só não desmancha porque vem com o anzol preso na espinha", brinca o vendedor José Carlos, 46.

Já a vendedora de churrasquinho Maria Silva, 47, acha difícil que a doença venha do peixe. "Eu como olho de boi toda semana, é um dos peixes que mais gosto. Já comprei nos ambulantes, na peixaria, e nunca tive nada", declara, mas deixa escapar preocupação. "Com esses casos, vou ficar cismada".

A Unidade de Pronto Atendimento do local não recebeu nenhum paciente com os sintomas da doença misteriosa. "Chegou apenas um menino de uns 10 anos com dor articular, não conseguia se levantar. Mas deve ser outra coisa, desconfiamos de chikungunya", conta a médica da unidade de saúde, que preferiu não se identificar. Fonte: Correio*

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