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Celebração de São Thomaz de Cantuária termina com procissão neste sábado (07)

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Celebração de São Thomaz de Cantuária termina com procissão neste sábado (07)

Por: Sheila Barretto

Pe. Valmir Miranda contou sobre a vida de São Thomaz e seu exemplo de caridade (Foto: Sheila Barretto/CN)

Termina neste sábado (07) os festejos em homenagem ao padroeiro de Camaçari, São Thomaz de Cantuária. Após a missa, que será celebrada às 16h pelo bispo João Carlos Petrini, na Praça Desembargador Montenegro, a procissão sairá da frente da catedral e seguirá até a capela de Nossa Senhora Aparecida, no Parque Satélite. De acordo com o pároco da Catedral de São Thomaz, Pe. Valmir Miranda, a escolha do local de encerramento da festa se deve ao fato de que em 2017 se comemora os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. “Então vamos fazer essa procissão em direção a ela para que Nossa Senhora, juntamente com São Thomaz, possa interceder pelo povo de Camaçari”, disse o padre.

O pároco conversou com a reportagem do Camaçari Notícias e contou um pouco da história deste santo que se tornou o padroeiro de nossa cidade. “São Thomaz é um santo inglês que chegou à Camaçari pelas mãos da família Montenegro e que se estabeleceu a partir da devoção do desembargador e sua família. Foi construída uma capela na fazenda, onde havia uma pequena imagem de São Thomaz e onde a família rezava juntamente com os funcionários. Depois a cidade foi crescendo e tomou São Thomaz como padroeiro da comunidade”. Ainda segundo o padre Valmir, essa devoção já dura mais de 100 anos, mas a paróquia de São Thomaz de Cantuária em Camaçari tem metade do tempo. “Até a igreja reconhecê-lo como padroeiro de uma paróquia foi um longo processo de 50 anos”.

A vida de Thomaz Becket, como era chamado, começa na Inglaterra do século XII. Filho de uma família da classe média-alta da Normandia, o jovem Thomaz recebeu uma excelente educação em lei canônica civil em seu país e mais tarde na França. Por seu zelo e eficiência no trabalho, ele foi recomendado ao rei Henrique II para o cargo de chanceler e mais tarde tornou-se arcebispo de Cantuária. “São Thomaz era um homem de estado, um homem rico, era um homem do poder e que foi ordenado padre a pedido do rei, pois o rei queria que ele ajudasse na administração da Inglaterra. Depois que é ordenado, ele vira a mesa e diz que a partir daquele momento ele serve ao reino de Deus e faz uma opção radical pelos pobres”, contou Pe. Valmir.

Por ser um santo ligado à caridade, aos pobres e à igreja, o tema escolhido para a celebração deste ano foi ‘São Thomaz, a igreja e o povo’. “O nosso padroeiro, a igreja como um todo, o que a igreja hoje está vivendo, e o povo de Camaçari. A partir dessas realidades é que meditamos tendo como pano de fundo a palavra de Deus, como ela se incorpora e como ela está firmada”, explicou o pároco. “O que mais nos anima é viver o padroeiro porque hoje nós todos temos esse exemplo de dedicação à igreja, mas também de dedicação ao povo e aos pobres”, completou.

A festa começou no dia 29 de dezembro, que é o dia litúrgico de São Thomaz. “Mas o dia que a cidade escolheu foi o dia 07 de janeiro, que é um dia simbólico e muito significativo porque o dia 07 na igreja quer dizer plenitude e celebrar o padroeiro no sétimo dia do ano, é muito bom”, disse o padre Valmir.

Não podemos esquecer que o povo de Camaçari teve um ano de 2016 muito difícil. A população sofreu muito com o desemprego, a violência, a saúde pública e ainda teve que enfrentar uma tragédia que tirou a vida de 10 pessoas e deixou marcas que jamais serão apagadas. Para receber 2017, o padre Valmir destaca que o principal sentimento é a esperança. “O que deixamos é somente a esperança, esperança em Deus, a esperança em Cristo, a esperança no Evangelho, porque Deus é esperança e o nosso povo precisa mesmo de esperança. Nesse tempo tão dilacerado, de tantas discórdias, o poder político um pouco desordenado, a violência, a droga e tantas outras coisas que tomam conta do nosso dia a dia, nós temos a esperança em Cristo que renova toda a nossa força e nós devemos caminhar diante deste selo, diante da esperança”, concluiu o religioso.

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