100 dias do governo que o povo tanto clamou é marcado pela arrumação da casa

A "arrumação da casa" caracterizou os primeiros 100 dias da gestão do prefeito Antonio Elinaldo. Ele herdou uma administração destroçada e o município com os serviços básicos em estado precário. O símbolo dessa "herança maldita" foi a limpeza pública. A empresa contratada para tirar o lixo das ruas de Camaçari deixou de fazer a coleta nos últimos dias da gestão passada alegando não ter recebido pagamento e que se viu foi um acúmulo expressivo de detritos que levou a população a pedir socorro à nova gestão. A prefeitura se viu obrigada a contratar uma empresa em caráter emergencial para regularizar a coleta na primeira semana de governo. Em poucos dias foram retirados das ruas mais de cinco mil toneladas de lixo e a coleta foi regularizada. Outra urgência resolvida foi a regularização do programa Transporte Universitário, que foi suspenso devido ao fim do contrato com a empresa de transporte.

Para manter o equilíbrio fiscal do município, o prefeito baixou decreto exonerando todos os ocupantes de cargo de comissão, suspendendo novas contratações, determinando a revisão de contratos e a contenção de despesas nas secretarias. Enquanto isso, a gestão procurou resolver uma série de "esqueletos no armário" deixados pelas gestões passadas. O primeiro dele foi regularizar o fornecimento de energia elétrica da UPA de Arembepe, inaugurada em dezembro de 2016 com a luz cortada. Vários postos de saúde que estavam fechados foram reabertos. Outra medida importante foi a intervenção na Cidade do Saber, cuja gestão pelo Instituto Professor Raimundo Pinheiro teria cometido uma série de irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios. Após a intervenção, a Prefeitura não renovou o contrato com o instituto e assumiu definitivamente a Cidade do Saber.

Uma operação tapa-buracos resultou no asfaltamento e requalificação de centenas de ruas do município pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), que promoveu também a dragagem de rios e córregos numa ação preventiva para evitar alagamentos. Por seu turno, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), ao mesmo tempo que combateu as construções irregulares, desburocratizou o sistema de liberação de alvarás, o que resultou na atração de novas indústrias como Termelétrica do Grupo Imetame, em Camaçari. Trata-se de um investimento de R$ 93 milhões.

Uma importante intervenção da nova gestão ocorreu no Centro Comercial que chegou a ser fechado pela Justiça que cobrava uma série de medidas de segurança e administrativas desde 2015 da gestão passada. Em apenas 45 dias administrando Camaçari, o prefeito Antonio Elinaldo conseguiu atender às demandas, em especial a implantação de um sistema de segurança de incêndio adequado e a decretação de preço público condominial para os cerca de 1.500 permissionários do Centro Comercial.

O Ministério Público e a Justiça consideram a não-cobrança da taxa condominial pelos governos passados do Município como "improbidade administrativa", pois os comerciantes não pagavam nenhuma taxa, nem as contas de água e energia elétrica. As autoridades devem cobrar ressarcimento dos responsáveis pelas isenções.

Após a reabertura da feira, as intervenções do município prosseguiram. Obras de construção do anexo que vai abrigar parte dos ambulantes que atuam no entorno do Centro Comercial já foram concluídas. Além disso, várias ações de melhorias estão sendo executadas para proporcionar mais dignidade aos feirantes e consumidores que frequentam o local.

Esses primeiros 100 dias de governo serviram para o prefeito Elinaldo organizar e tomar conhecimento de todos os problemas deixados pelas gestões anteriores. Com muito trabalho e dedicação, que é a marca desse governo, Camaçari começa a ser reconstruída e volta a ser motivo de orgulho de seu povo, que tanto clamou por mudança nos últimos anos.

Muito mais do que 100 dias serão precisos para Camaçari ser reconstruída, isso todo mundo sabe, mas o trabalho já começou com a mudança que o povo estabeleceu no dia 2 de outubro.