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Greve de professor deixa estudante de Camaçari sem aula até terça-feira

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Greve de professor deixa estudante de Camaçari sem aula até terça-feira

Por: Sites da Web

Matéria publicada originalmente no site Camaçari Agora


A prefeitura de Camaçari criticou em nota a postura do Sindicato dos Professores do Município de Camaçari (Sispec) que decidiu por decretar ‘estado de greve’ e paralisação de 24 horas nesta quarta-feira (26/4). Segundo o município, o Sispec quebrou um acordo firmado na última reunião entre governo e trabalhadores, de analisar os números apresentados pelo município. No documento a prefeitura fala em dificuldade financeira e reforça situação de crise geral citando o governo do estado que está  optando por pagar os salários em dias e deixar o reajuste para um outro momento.

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O Sispec apresentou documento ao município, na quinta-feira (20/4),  onde comunicava a decisão da categoria de entrar em estado de greve e parar nesta quarta-feira. Os professores pedem o pagamento do reajuste salarial retroativo a janeiro deste ano.

Com a paralisação dos cerca de 2 mil professores em 98 escolas do município, cerca de 40 mil alunos ficam sem aula. Movimento de 24 horas termina na quinta-feira, véspera da greve geral de sexta-feira (28). Professores ouvidos pelo Camaçari Agora acreditam que as aulas só serão retomadas na próxima terça-feira (2/5), já que segunda-feira é feriado de 1º de Maio, Dia do Trabalhador.

Íntegra da Nota pública

A Prefeitura viu com surpresa e estranheza a decisão do Sindicato dos Professores do Município de Camaçari (Sispec) de decretar “estado de greve” com paralisação de 24 horas prejudicando milhares de alunos. A medida representa uma quebra de acordo diante das reuniões realizadas entre representantes do sindicato e das secretarias de Educação, da Fazenda e da Administração.


Nessas tratativas foram apresentados todos os números fiscais da Prefeitura, para que ficasse clara para os sindicalistas como a crise econômica tem afetado a arrecadação de impostos e o peso que a folha de pagamentos representa nas despesas da administração municipal.


Na última reunião, o sindicato concordou em continuar com o diálogo e ficou de analisar, com seus técnicos, os números da Prefeitura para a continuação da mesa de negociação. Contudo, decidiu unilateralmente e sem qualquer aviso prévio decretar o “estado de greve”.


A nova gestão do Município tem se esforçado, desde que assumiu a Prefeitura, em janeiro, em adotar os procedimentos necessários para manter o equilíbrio financeiro da administração, que é fator fundamental para manter os serviços essenciais funcionando para a população e o pagamento dos seus compromissos em dia.


O agravamento da crise econômica afetou de tal maneira o setor público que nenhuma prefeitura do estado tem admitido conceder reajustes salariais nesse momento de incerteza, condicionando qualquer movimento nesse sentido à normalização da arrecadação, até porque, aumentos nas folhas de pagamento devem ser tratados com extrema prudência e austeridade, pois, podem levar as administrações a ultrapassar os índices constitucionais de despesas com pessoal, fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal.


A Prefeitura entende como legítima a luta dos trabalhadores por melhorias salariais, mas apela para entenderem a situação atual e às suas entidades representativas a terem responsabilidade nesse momento difícil que o país atravessa.


O próprio governo do estado adotou postura de austeridade tendo o chefe do Executivo baiano declarado que prefere pagar os salários do funcionalismo estadual em dia do que reajustar salários sem perspectiva de aumento da arrecadação e correr o risco do agravamento da situação fiscal, como ocorre no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que tem ocasionado o atraso sistemático e parcelamento dos salários dos servidores.

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