Jovem desaparecido é encontrado depois de sete dias perdido na mata de Camaçari

O jovem Eric Geovane de Oliveira, 22 anos, que desapareceu no domingo passado ao  entrar correndo no mato após ter sofrido um surto durante a Festa Rave Aurora, na localidade de Vila de Abrantes  em Camaçari, foi localizado na manhã deste sábado (10), pelo caseiro do Rancho Paraíso na localidade de Maracaiuba, em Cajazeira de Abrantes, e levado para o Hospital Geral de Camaçari.

Desde ontem equipes da Polícia Civil de Vila de Abrantes, Polícia Militar (CIPE), Corpo de Bombeiros e Defesa Civil de Camaçari e voluntários faziam buscas na região. 

A Defesa Civil de Camaçari  foi o primeiro grupo a chegar no local que o jovem foi encontrado, de acordo com o coordenador  Ivanaldo Soares assim que o caseiro ligou avisando, eles foram imediatamente para lá.  Éric é morador de Irecê e veio com amigos para a festa.

De acordo com informações ele ficou sete dias dentro do mato, em baixo das folhagens, está todo cortado, com cortes nos pés,  todo mordido de muriçoca. O local não é muito longe de onde a festa foi realizada, é na mesma região,  tem área de mata fechada,  e é um terreno muito acidentado com morros com mais de 20 metros de altura.

Ivanaldo disse que o jovem escalou e desceu esses morros utilizando cipó, caiu muito, se alimentou de manga e outras frutas e bebeu  água de lagoas. Ele ouvia os gritos das pessoas procurando pelo seu nome, mas ainda tinha medo de alguém que, em sua alucinação queria matá-lo,  e se escondia no mato novamente e não deixava ser encontrado.

De acordo com Breno Alves  primo do rapaz, Eric foi achado apenas de bermuda e descalço por trabalhadores da fazenda a mais ou menos uns 4 a 5 km de distância do local do evento. “Ele deve ter andado bem mais que isso porque andou a semana toda dentro do matagal dando voltas, tentando achar uma saída, um ponto de referência”.
O rapaz é do município de Irecê e já viajou várias vezes para a região da Chapada Diamantina para fazer trilhas, fato que acabou contribuindo para que ele sobrevivesse. “A gente sabia que ele estava vivo porque desde criança crescemos em fazenda e então já tínhamos mais ou menos uma noção. De infância a gente já era acostumado a andar dentro do mato na fazenda. Ele não avisou que vinha para essa festa, ninguém estava sabendo. Veio somente para passar o final de semana e voltar para casa”, ressalta o primo Breno Alves.

Abaixo foto de Éric fazendo trilha na Chapada Diamantina

 

 

Éric  no Hospital Geral de Camaçari recebendo cuidados médicos