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Antiga obra do Rio Camaçari não terá mais continuidade, diz jornalista

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Antiga obra do Rio Camaçari não terá mais continuidade, diz jornalista

Por: Camaçari Notícias

 

Trecho do Rio na área Central da cidade onde a obra nem chegou

O jornalista João Leite deixou claro  em sua coluna Camaçarico, publicada essa semana no site Camaçari Agora, que a antiga obra de reurbanização da Bacia do Rio Camaçari, começadas no governo de Luiz Caetano, e empacada no mandato de Ademar Delgado, já  é o maior elefante branco da história de Camaçari, e que não serão mais reiniciadas.

 

A não ser que a população de Camaçari decida devolver para a Caixa Econômica Federal cerca de R$ 42 milhões de reais, que ninguém sabe dizer onde foi parar, a obra não vai mais continuar, acabou. 


 

Problemas na obra sempre foram destaques na imprensa


Veja trechos da coluna:


Atolada A reurbanização da Bacia do Rio Camaçari, parada desde o começo de 2016, na gestão do alcaide Ademar Delgado (2013/2016), não deve recomeçar antes de 2018. Suspensas por determinação da Caixa, obras que estão com as contas sem fechar, deve sofrer modificações no projeto original para que não se transforme num elefante branco.


Atolada 2 O prejuízo, ainda não medido totalmente, pode comprometer  a construção de novas vias paralelas ao rio e outros equipamentos. Os cerca de R$ 38 milhões que ainda faltam não contemplam  todo esse volume, garante fonte ouvida pela Coluna.


Atolada 3 Segundo levantamento que a Coluna teve acesso, dos cerca de R$ 100 milhões repassados para a obra, R$ 42 milhões não estão com os serviços identificados como determina o contrato com o governo federal. Já sob investigação da Polícia Federal, como mostrou o Camaçarico de 16 de novembro do ano passado (Confira), obra tem entre seus serviços questionados os famosos trabalhos de dragagem e terraplanagem.


Atolada 4 Estudos e medições da Caixa e do Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União identificam diferenças entre os valores pagos e os serviços realizados de recolhimento de terras e em outros serviços como contenções. Para assegurar ainda mais transparência, os estudos estão sendo acompanhados pela Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (UFBA), contratada pela prefeitura.  


Atolada 5 Como a responsabilidade pela diferença é da prefeitura, fiscal da obra, mesmo com punições futuras para o gestor municipal do período da irregularidade, município termina pagando a conta. Para receber esse sinal verde de retomada das obras, prefeitura terá de refazer o cronograma do projeto, readequando à nova realidade financeira gerada pelos atrasos e erros do projeto original. Burocracia exige ainda a realização de nova licitação para conclusão das obras.


Atolada 6 Tocado de forma considerada fora dos padrões, reurbanização da Bacia do Rio Camaçari  sequer tinha ‘projeto executivo’, etapa que define o que deve ser feito e como serão realizadas as etapas da obra. Lançada em janeiro de 2012, pela presidente Dilma Rousseff, obra estava sendo realizada apenas com o ‘projeto básico’, espécie de guia que se ajustava de acordo com as necessidades de correções, gerando assim mais custos e menos eficiência.


Atolada 7 Outro equívoco permitido, que poderia ter virado uma tragédia com alagamentos, foi a autorização para o início da obra pela região central da sede do município. Graças ao respaldo político do então gestor Luiz Caetano (PT), com o governo federal, cronograma desrespeitou o principio básico que exige início dos trabalhos pela ‘jusante’ (parte mais baixa do rio) que engloba a região dos PHOCs, Final da Gleba E, Lama Preta. Técnicos dizem que ao iniciar a obra pelo meio do rio, o risco de alagamentos nos trechos rio abaixo aumentam com o alargamento do canal que ganha mais força com o aumento do volume d’água.


Atolada 8 Prefeitura também busca assegurar a 2ª etapa das obras, estimada em R$ 60 milhões, para requalificação e reurbanização da área dos afluentes do Camaçari, como o riacho da Manoela. Projeto prevê dragagem,  canalizações, transferências de populações em áreas de risco, construção de pontes, vias, contenções e equipamentos de lazer.

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