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<b>Portas da antiga Pague Menos ficaram abertas hoje</b>

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Portas da antiga Pague Menos ficaram abertas hoje

Por: Camaçari Notícias

O interior da antiga farmácia onde todos os dias ficava lotado de clientes e funcionários até acontecer a tragédia e matar dez pessoas. A viga metálica que desabou ainda está pendurada e o fundo sem saída agora ficou visivel.

 

Na manhã desta terça-feira (12), o interior da antiga Farmácia Pague Menos ficou destapado,  e depois de quase dez meses da tragédia deu pra ver a solidão do salão, onde dez pessoas morreram, dez mulheres,  entre elas uma menina.


Para quem passou hoje na frente e olhou para aquele local, foi impossível não se emocionar. O prédio fica na Rua Getúlio Vargas, Centro de Camaçari, e está sendo reformado desde o final de julho. Hoje operários retiraram várias caçambas de entulhos e por isso as portas ficaram abertas.

 

 

De acordo com a Secretária Juliana Paes titular da Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Camaçari - SEDUR, em reportagem no inicio das obras disse que a licença concedida é um alvará de reforma sem acréscimo de área. Será executado no local  reparos gerais no  imóvel comercial, como na estrutura metálica, instalações elétricas, instalações hidráulicas, forros, pintura, cobertura, reforço de paredes, e divisórias.

Juliana disse também que só liberou o alvará, após a justiça ter  liberado o prédio para isso,  e que não há previsão de construção de algo novo no imóvel. A administração da farmácia Pague Menos está  reformando e reparando o que foi destruído no incêndio, para devolver o prédio aos proprietários.


O projeto de segurança e combate à incêndio, foi aprovado pela Defesa Civil Municipal.


O inquérito:

A delegada Thaís Siqueira, titular da 18ª Delegacia Territorial (DT), de Camaçari, concluiu o inquérito sobre a investigação do incêndio que vitimou fatalmente dez pessoas e feriu outras nove, ocorrido na farmácia Pague Menos, em Camaçari, em 23 de novembro de 2016. Oito pessoas foram indiciadas por homicídio e tentativa de homicídio, entre elas um dos sócios da rede de Farmácias Pague Menos.

 


 

Quando da apresentação do inquérito o perito Eduardo Rodamilans explicou que várias irregularidades foram observadas na execução da obra, expondo a riscos os funcionários e clientes do local. "O gás GLP estava sendo utilizado para soldar objetos num ambiente fechado e sem ventilação adequada, o que aumenta o risco de explosões. Além disso, os materiais inflamáveis não foram retirados da loja durante a obra", exemplificou o perito, acrescentando que a explosão causou o desabamento da estrutura da loja.


O inquérito concluído pela delegada Thaís Siqueira foi remetido ao Ministério Público (MP), de Camaçari, no final de março, e contava com mais de 350 páginas. "Não restou dúvidas de que todos os indiciados sabiam dos riscos e, mesmo assim, consentiram a abertura da loja naquele dia", salientou, acrescentando que os laudos do DPT foram fundamentais para a conclusão dos trabalhos.

Relembre o caso:

No próximo dia 23 o acidente na Farmácia Pague Menos da Avenida Getúlio Vargas, no centro de Camaçari completa 10 meses. Uma obra que estava sendo feita dentro da loja, provocou um incêndio, seguido de uma explosão que levou à queda de uma laje antiga nos fundos do estabelecimento. A tragédia matou 10 pessoas e feriu outras 13


No momento do acidente, por volta das 13h do dia 23 de novembro, a loja estava cheia. Alguns funcionários almoçavam no refeitório e muitos clientes compravam medicamentos. Quando houve a explosão, algumas pessoas conseguiram sair, muitas com ferimentos leves, outras com lesões mais graves. Uma viatura da Polícia Militar ajudou no transporte dos feridos para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Gleba A e Hospital Geral de Camaçari até a chegada da ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

A décima vítima a ser identificada

"Eu deixei minha mãe na farmácia, fui estacionar o carro e quando eu voltei estava acontecendo o acidente. Eu me desesperei e comecei a procurar com esperança de ela estar viva. Procurei no HGC (Hospital Geral de Camaçari)  e no HGE (Hospital Geral do Estado), mas também e não achamos. Viemos com a possibilidade de ter corpos no IML", relatou o filho de Idália Simão, de 58 anos,  a décima vitima a ser identificada.  Ela só  teve seu reconhecimento realizado através de um exame de DNA e no dia 17 de dezembro, o corpo foi liberado para a família fazer o sepultamento.
 

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