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Comerciantes denunciam intervenções da Prefeitura como causa de prejuízos

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Comerciantes denunciam intervenções da Prefeitura como causa de prejuízos

Por: CN com Assessoria de Comunicação

Cerca de 120 empresários dos mais diferentes ramos comerciais instalados no Centro da cidade se reuniram na noite da terça-feira (31/10), na sede da ACEC / CDL, para discutir as ações realizadas pela Prefeitura de Camaçari que estão impactando negativamente nos seus negócios e até levando comércios a fecharem as portas.

Diretor franqueado das Óticas Diniz Camaçari, Leonardo Pesil é um dos exemplos claros de como as intervenções têm prejudicado o comércio. "Tem uma obra acontecendo na frente de uma das minhas lojas há cinco dias. Colocaram uma faixa interditando a frente da loja. Por causa disso, tenho cinco dias que não vendo R$ 1 nessa loja. Eu acredito que o prefeito está tentando acertar, tem feito muitas obras, mas não dá para fazer uma intervenção dessa sem conversar com o comércio antecipadamente", lamentou.

Contador com escritório na Rua Francisco Drummond desde 1979, Carlos Silveira ressaltou o pedido de socorro dos comerciantes da região. "Eu nunca vi a Rua Francisco Drummond como está agora. O nosso governo precisa mitigar os problemas que estão fazendo vários empresários fecharem as portas naquela rua. E digo nosso governo porque, independente de lado partidário, precisamos nos unir para fazer com que as coisas aconteçam na cidade. Têm empresários ali que me falaram que não chegam a janeiro, pois terão que entregar a chave do imóvel, uma vez que o movimento caiu indiscutivelmente".

Presidente da Câmara de Dirigentes e Lojistas, Pedro Reis criticou a falta de diálogo da gestão pública com as entidades e o comércio antes das intervenções. "Não dá para o governo implantar coisas no centro da cidade sem ouvir os interessados diretos que somos nós comerciantes. Ninguém aqui quer fazer oposição ou ir de frente com governo. O que queremos é que o governo estabeleça um diálogo constante conosco para juntos pensarmos o desenvolvimento do comércio".

Presidente da Associação Comercial e Empresarial, Alan Lima, destacou que o governo já recebeu a entidade noutras ocasiões, mas o que está faltando é que o estabelecido nas reuniões seja colocado em prática. "Não adianta apenas nos receber ou vir até aqui. É preciso nos participar nessas intervenções que estão impactando diretamente na sobrevivência dos comerciantes".

Ao final da reunião, os comerciantes aprovaram um novo encontro para próxima terça-feira (06/11), as 17h30, na sede das entidades, dessa vez com a presença do prefeito Elinaldo Araújo, dos secretários de Desenvolvimento Econômico, Serviços Públicos, Superintendência de Trânsito e Transportes, comando da Polícia Militar e Civil e do presidente da Câmara Municipal para discutir a pauta construída na reunião.

Entre os pontos de pauta estão:
•         Discutir o projeto de mobilidade das calçadas, dos estacionamentos públicos e da implantação das ciclovias que não foi apresentado aos comerciantes;

•         Discutir as mudas no trânsito da cidade de forma macro;

•         Discutir a forma, o planejamento e a comunicação das obras que estão acontecendo no centro impactando diretamente o movimento do comércio;

•         Discutir a Lei da Fachada que passará a cobrar de todos os comerciantes uma taxa referente a fachada de cada empreendimento comercial.

"Temos muitos outros pontos a tratar. Mas, estes são os principais. Ninguém aqui é contra as obras ou que haja mudanças no trânsito. O que todos reclamam é a forma como está acontecendo. Esperamos que os agentes políticos compareçam e nos tragam soluções. Tenho certeza que o prefeito receberá nossa pauta e buscará soluções imediatas", finalizou Alan Lima.

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