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Salvador deve ganhar loja da Daslu este ano

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Salvador deve ganhar loja da Daslu este ano

Por: Sites da Web

Referência na moda até a acusação de sonegação fiscal em 2009 que quase a levou à falência, a marca de luxo  Daslu, passou por processo de recuperação e, com novos donos, deve expandir seus negócios neste ano. A previsão é instalar lojas em Salvador, Porto Alegre, Fortaleza e Belo Horizonte ainda em 2016. O presidente da Daslu, Eliseu Lima,  não se intimida com a crise econômica. "Existem duas estratégias em relação a esse problema. A primeira é a de ser cauteloso, se recolher. A segunda é a de gostar de desafios e investir. Nossa filosofia se adequa mais à segunda estratégia, por isso estamos procurando parceiros para o projeto de expansão", disse.


A Daslu foi adquirida pela DX Group - especializada em recuperação de empresa em dificuldades. "A crise, portanto, é um momento excelente de oportunidades, ao invés de retração", assinala o empresário baiano, radicado em São Paulo, Crezo Suerdieck Dourado, sócio da DX com o empresário Roberto Lázaro.


Ele começou no ramo em 2003 quando chegou em São Paulo e, ao sondar o mercado, viu a oportunidade de adquirir a pequena empresa   de tecnologia da informação Mobi System. Juntou mais algum dinheiro e comprou a Mobi por R$ 100 mil. Em um ano, conseguiu ampliar o faturamento da empresa de R$ 600 mil para R$ 1 milhão.
A partir de então não parou mais. Tornou-se um especialista de tirar empresas da UTI, torná-las saudáveis e em condições de serem vendidas com um bom lucro ou continuar administrando-as, se tiverem bom faturamento. A DX se fundiu no ano passado a um fundo de investimentos alemão, o que a tornou mais sólida.


Investimentos
"Nosso foco de negócio são justamente as empresas que estejam com problemas financeiros ou de gestão ou como se diz, 'empresas estressadas'. Nos 15 anos de atuação, fizemos mais de 50 aquisições no Brasil de empresas que foram reestruturadas", explicou Crezo, detalhando que a DX investe em vários segmentos da economia entre os quais moda, plástico/químico, turismo, imobiliária e logística.


"A Daslu foi a nossa aquisição mais recente. Há cinco anos, ela entrou em recuperação judicial. Ela foi adquirida por um grupo de empresários ligado à Laep, dona da Parmalat, que vinha tocando até o ano passado quando tiveram problemas, o que fez a justiça decretar a indisponibilidade dos bens dos sócios. Com isso, a Daslu começou a ter dificuldades financeiras e o nosso grupo a adquiriu", disse. "A oportunidade está na crise e a gente sabe tratar com a crise, administrar empresas em crise", acrescentou.


Crezo  admite que, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa, esse tipo de atividade, no Brasil, ainda está em fase embrionária. "Nos Estados Unidos, as leis sobre a recuperação de empresas são mais claras, no Brasil é tudo muito novo, então muitas vezes há certa desconfiança por parte de algumas pessoas, já que é preciso tomar algumas atitudes meio radicais, como demissão e renegociação de contratos", afirmou o executivo.


Recuperação judicial
Segundo ele, nos EUA, quando uma empresa entra em recuperação judicial, como ocorreu com a General Motors, no outro dia tem 20, 30 fundos de investimento querendo emprestar dinheiro para a empresa.
"No Brasil, onde a lei é recente, de dez anos, quando se fala de recuperação judicial acham que você é caloteiro. Na verdade, a recuperação judicial é uma ferramenta que o governo dá para se reestruturar uma empresa, só que nem sempre serve para todas as empresas", disse Crezo.
Para exemplificar, ele voltou ao exemplo da Daslu: "Achavam que ela ia acabar, hoje já está com sete lojas distribuídas pelo Brasil e um projeto muito bem feito de expansão com franquias e Salvador deve ser uma das contempladas". A crise econômica, antes de assustar, para a DX, diz Crezo, é oportunidade de negócios. "Não existe momento ideal como o atual para, por exemplo, adquirir ações da Petrobras. O preço está baixo, mas é claro que essa crise vai passar e elas vão se valorizar num futuro próximo", assinalou  o empresário. "É hora de acreditar e investir no Brasil", concluiu.

 

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