Guarda Municipal aguarda inquérito para decidir se afasta agente

Guarda municipal Naílton Espírito Santo é suspeito
de participar de crime em casa de shows.

 

A Guarda Civil Municipal de Salvador aguarda conclusão do inquérito da Polícia Civil sobre a morte do ex-dançarino Marcelo Tosta Santos, de 36 anos, que teve envolvimento de um agente da corporação para decidir se afasta o servidor. O crime ocorreu na madrugada do sábado (3), durante uma apresentação da banda A Vingadora, no Coliseu do Forró no bairro de Patamares. O guarda municipal Naílton Adorno do Espírito Santo foi atingido por um tiro na perna durante a confusão que acabou na morte da vítima e está custodiado no Hospital Geral do Estado (HGE). Ele teve a prisão preventiva decretada na terça-feira (6).

Um vídeo postado por um internauta mostra o momento da confusão na casa de shows após os disparos que mataram o ex-dançarino. Nas imagens publicadas no You Tube, é possível ver o momento em que a cantora Tays Reis, da banda A Vingadora, que se apresentava no local, é retirada do palco segundo antes dos tiros.

Um terceiro envolvido na briga, e que seria o autor dos tiros que mataram Marcelo, é procurado pela polícia. Conforme as investigações, o guarda se nega a revelar quem é o suspeito. Ainda de acordo com a polícia, o guarda municipal não estava em serviço no momento do crime e também não tem porte de arma pela corporação. Uma pistola encontrada com ele, devidamente registrada, foi apreendida e encaminhada para a perícia.

Sobre o caso Coliseu do Forró, a Guarda Civil Municipal informou que ainda não obteve acesso ao boletim de ocorrência sobre o envolvimento do guarda Nailton Adorno Espírito Santo no assassinato do empresário Marcelo Tosta dos Santos. A Guarda divulgou que continua acompanhando as investigações da Polícia Civil.

"Para abrirmos inquérito nos casos em que a situação acontece com o guarda de folga, temos que recepcionar denuncia, seja por parte da população, da polícia ou MP [Ministério Público]. Nesse caso, estamos aguardando a investigação da Polícia Civil porque ainda não tivemos acesso nem ao boletim de ocorrência.

Só ficamos sabendo porque ele [o guarda suspeito] deu entrada no HGE [Hospital Geral do Estado]. Mas não ficamos alheios à investigação, vamos instaurar também o nosso próprio inquérito, depois, para ver quais medidas adotar", destacou o inspetor geral da Guarda Municipal, João Neto.

A instituição destacou, ainda, que só ficou ciente do ocorrido somente após a entrada do guarda no Hospital Geral do Estado (HGE), para onde foi levado após ser baleado durante a confusão na casa de shows. Ainda segundo a Guarda, ainda não houver abertura de processo interno pelo fato de que o guarda estava de folga e também porque não houve nenhuma denúncia do caso à corregedoria da corporação. Com informações do G1*