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<b>&#039;Cadê os direitos humanos?&#039;, lamenta mãe de PM morto em assalto</b>

Salvador

&#039;Cadê os direitos humanos?&#039;, lamenta mãe de PM morto em assalto

Por: Sites da Web

Policial foi morto em farmácia da Pituba
(Foto: Almiro Lopes/CORREIO)

O corpo do sargento da Polícia Militar Aldo Carvalho Santos, 46 anos, foi enterrado na tarde dessa quarta-feira (18) no cemitério Bosque da Paz, em Salvador. Ele foi morto na noite desta terça-feira (17) em um assalto a uma farmácia no bairro da Pituba.

Bastante abalada, a mãe do policial lamentou muito a morte do filho. "Cadê os Direitos Humanos que não estão aqui? Todo mundo se cala, mas eu não porque perdi o maior tesouro da minha vida: meu filho", disse durante o enterro. Estiveram presentes no velório mais de 400 pessoas, incluindo policiais de diferentes grupamentos. A cerimônia contou ainda com guarda fúnebre e salva de tiros.

O presidente da Associação de Praças da Polícia e Bombeiro Militar da Bahia (APPM), sargento Roque Santos, também lamentou a perda de mais um colega -- é o quarto policial morto na Bahia em apenas 17 dias. "Lamentamos as mortes e chamamos a atenção dos Direitos Humanos, da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Assembleia Legislativa, porque os soldados estão à frente, pagando com a vida. Precisamos de uma nova filosofia de segurança pública", afirmou.

O sargento Aldo Santos trabalhou na PM durante 25 anos, era casado e tinha um filho, também policial militar, e um neto. Amigo do sargento, o também policial Aldroaldo Alves, que trabalhou com Aldo no antigo 7º Batalhão (Fonte Nova), expressou sua consternação. "Enquanto formos perdendo policiais e guardas, pior para a comunidade. A gente morre para defender a sociedade. Sabemos que existem profissionais que não prestam, mas até então só mataram pessoas boas", lamentou.

Mãe de policial é amparada durante enterro (Foto: Almiro Lopes/CORREIO)

Boatos no WhatsApp
O comandante da 13ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Pituba), Elbert Vinhático Neves, negou os boatos que estavam circulando pelo aplicativo WhatsApp de que que bandidos estavam se reunindo para matar policiais. A assessoria da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-BA) informou que nenhum setor de inteligência das polícias detectou tais ameaças.

O sargento Roque Santos, no entanto, recomendou aos colegas que redobrem o cuidado diante dos episódios de violência contra policiais. Ele disse ainda que essas mortes podem, de alguma forma, ter sido estimuladas por esse tipo de informação. "Os PMs, hoje, até de folga estão tensos. O crime se organizou. Eles identificam os policiais e quando os policiais os localizam em atividade suspeita, procuram se defender", disse.

Ainda segundo o sargento, a APPM tentou contato com o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, mas ainda não obteve resposta quanto às medidas a serem adotadas diante das últimas mortes e ataques à policiais. Um policial da reserva, amigo de Aldo, relatou ter sofrido, há quase um ano, um atentado em São Gonçalo do Retiro. Na situação, ele foi baleado com quatro tiros nos braços, barriga e costas. José Antônio Silva, 57, foi perseguido pelos bandidos que tentaram roubar seu veículo. "O que está acontecendo é uma chacina. Aldo era meu amigo. Quando fiquei hospitalizado por causa desse crime, ele foi me visitar. Hoje, eu estou visitando ele morto. Não podemos ficar assim, estamos sendo caçados", disse ele.

O crime
O sargento Aldo Carvalho Santos foi morto na noite de terça-feira (17) na Pituba. Segundo informações da Polícia Militar, o crime aconteceu durante um assalto à farmácia Drogasil, na Avenida Manoel Dias da Silva. Cinco homens participaram da ação e o sargento foi baleado na saída da loja, já no estacionamento.

Ele foi socorrido por colegas de corporação ao Hospital da Bahia, também na Pituba, chegou a ser reanimado, mas não resistiu aos ferimentos. A PM confirmou a morte pouco antes das 20h, mas depois informou que ele ainda estava vivo. A morte do sargento foi confirmada pela SSP às 20h50, informação também confirmada pela PM. Em nota de pesar, a corporação detalhou o perfil do servidor. "O sargento Aldo era figura querida entre os colegas da Corporação, a qual servia há mais de 25 anos, e já se preparava para ingressar na inatividade. Deixa esposa, um filho e um neto", diz o comunicado. Fonte: Correio*

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