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Rodoviário envolvido na morte de policial é solto após pagar fiança de R$1,8 mil

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Rodoviário envolvido na morte de policial é solto após pagar fiança de R$1,8 mil

Por: Pesquisa Web

Jason estava na moto quando morreu na avenida Paralela  (Foto: Reprodução)

O motorista de ônibus Ricardo Aguiar Campos, 27 anos, preso após a morte de um policial civil no trânsito, foi solto na noite de terça-feira (14). Ele teve de pagar fiança no valor de R$1.874, correspondente a dois salários mínimos. Inicialmente, após passar por uma audiência de custódia no Núcleo de Prisão em Flagrante do Poder Judiciário (NPF), o motorista recebeu da Justiça a liberdade provisória com fiança estabelecida em 50 salários mínimos, no valor de R$ 46.850.

Ricardo não teve condições de efetuar o pagamento e, por conta disso, permaneceu preso ontem. Após intervenção do setor jurídico do Sindicato dos Rodoviários, a Justiça baixou o valor da fiança. "Nosso jurídico conseguiu derrubar essa fiança de 50 salários. Um motorista não tem condições de pagar esse valor. Os familiares dele se reuniram e pagaram o novo valor", disse Hélio Ferreira, presidente do sindicato.

O acidente aconteceu no domingo (12), por volta das 19h. Ricardo dirigia um coletivo da empresa Integra Salvador Norte quando colidiu com a moto pilotada pelo investigador da Polícia Civil Jason Araújo de Santana, 55 anos. O agente morreu no local, na Avenida Paralela, logo após a concessionária Grande Bahia.

Homicídio culposo
A Polícia Civil trata o caso como um atropelo, já o Sindicato dos Rodoviários pede cautela em relação ao esclarecimento do fato. "A princípio foi um acidente. Precisamos ver as imagens da câmera frontal do ônibus para determinar o que aconteceu. Estamos tendo cuidado em averiguar, afinal estamos falando de duas categorias importantes para a sociedade e não queremos arranhar a boa relação que os rodoviários têm com os policiais civis", comentou Fábio Primo, da diretoria do Sindicato dos Rodoviários.

Ricardo foi detido de madrugada, em sua residência no bairro de Sete de Abril, por investigadores da Central de Flagrantes. Ele foi autuado em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Os policiais chegaram até ele ao analisarem imagens de câmeras localizadas na Avenida Paralela.

Duas histórias
Em nota, a Polícia Civil diz que houve uma ultrapassagem. O rodoviário relatou na delegacia que estava a 55 km por hora, quando ouviu um baque, mas ao olhar pelo espelho retrovisor do coletivo não percebeu nada de errado e continuou a viagem. Aos 27 anos, Ricardo é considerado pela sindicato um profissional com bom histórico. Segundo Fábio Primo, ele trabalha há dois anos na empresa sempre com boa conduta e era motorista particular antes de dirigir ônibus.

Já Jason era investigador de polícia, classe especial, lotado na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR). Em 29 anos atuando na Polícia Civil, ele já passou pela Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter) e pela 1ª Delegacia (Barris). Correio*

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