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Amigos e familiares de jovem morto após BaVi fazem ato para pedir justiça

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Amigos e familiares de jovem morto após BaVi fazem ato para pedir justiça

Por: G1

Amigos e familiares do jovem morto após o BaVi fizeram ato para pedir justiça pelo crime (Foto: Henrique Mendes/ G1)

Amigos e familiares do estudante Carlos Henrique Santos de Deus, de 17 anos, que foi morto a tiros após sair do clássico BaVi, em Salvador, se reuniram na Praça do Campo Grande na manhã desta quarta-feira (2), para pedir justiça. O grupo não interrompeu o trânsito na região. No ato, realizado por volta das 10h50, os participantes pediram por diversas vezes que seja feita a justiça. Muitas pessoas estavam emocionadas. Por volta das 11h20, o grupo já havia deixado o local.

Carlos Henrique foi morto na Avenida Vasco da Gama, no domingo (9), logo após deixar a Arena Fonte Nova, onde o jogo foi realizada a partida entre Bahia e Vitória. Um suspeito de envolvimento no crime foi preso na segunda-feira (10) e negou participação no homicídio. Pietro Henrique Caribé Pereira tem 25 anos, é estudante de Direito e é torcedor do Vitória, principal rival do time da vítima. A prisão preventiva dele já foi decretada. Conforme a polícia, Pietro já tem passagem por furto de veículos e chegou a ficar dez dias preso, em fevereiro desse ano, por agressão e roubo contra outro torcedor do Bahia, durante uma briga.

Torcedor do Bahia é morto na Avenida Vasco da Gama, em Salvador (Foto: Eduardo Oliveira/TV Bahia)

Crime
O homicídio ocorreu logo depois do final do jogo entre Bahia e Vitória, que se enfrentaram pelo Campeonato Baiano, no domingo, na Arena Fonte Nova. Segundo a polícia, Carlos e o amigo Isaías tinham acabado de sair do estádio, na região do Dique do Tororó, e seguiam à pé pela Avenida Vasco da Gama, junto com outros torcedores do Bahia -- a torcida tricolor foi a primeira a deixar o estádio após o jogo. Carlos e Isaías estavam com a camisa do clube.

Em seguida, segundo a polícia, dois ônibus da torcida "Os Imbatíveis", do Vitória, e dois carros acompanharam os torcedores do Bahia e os cercaram perto de um posto de combustível. Conforme a investigação, Pietro estava em um dos carros com outras quatro pessoas.

"Não foi algo marcado anteriormente. A vítima e o suspeito não tinham nenhuma rixa por conta de alguma situação anterior. Não tinham rivalidade. O que houve foi o encontro entre esses torcedores, após o jogo, e o confronto que terminou com um morto e outro baleado. Ficamos sabendo que uma menina também tinha sido baleada na situação, mas ainda não conseguimos localizá-la", afirmou a delegada Patrícia Brito.

Após se ver cercado pelos torcedores do Vitória, segundo a polícia, os dois amigos e os demais torcedores do Bahia se assustaram e começaram a correr. Carlos tentou se esconder no lava jato do posto, mas segundo a polícia, foi perseguido, espancado e morto com três tiros. A delegada diz que todas as informações levantadas pela polícia foram com base no depoimento de testemunhas e do amigo de Carlos que sobreviveu ao ataque. "Ele [o suspeito preso] não admite, mas as pessoas ouvidas, entre elas a vítima sobrevivente, o reconheceram como sendo um dos autores dos disparos", destacou.

Pietro Henrique Caribé Pereira é suspeito de participar da morte de torcedor do Bahia de 17 anos

A outra pessoa que também teria disparado tiros contra as vítimas, segundo a polícia, estaria no carro com Pietro e é procurada pela polícia, assim como os demais ocupantes do veículo, por estarem presentes na situação. A delegada busca ainda por imagens das câmeras de segurança da região para identificar outros possíveis suspeitos. Nenhuma arma que teria sido utilizada no crime foi encontrada ainda, segundo a polícia.

De acordo com a polícia, Pietro disse que foi integrante de Os Imbatíveis até o dia 17 de fevereiro deste ano, quando foi preso por envolvimento em uma briga com um torcedor do Bahia. Ele disse que, desde então, não faz mais parte da torcida organizada, mas que continua indo aos jogos do Vitória. 

O advogado de Pietro, Antônio Glorisman, nega envolvimento do cliente no crime. Ele disse que Pietro foi ver o jogo, no domingo, com a namorada e com o cunhado e que, depois da partida, foi para a casa da mãe, no bairro do Garcia. Duas horas depois de chegar na casa da mãe, segundo o advogado, Pietro foi para a casa da namorada, no bairro de Cajazeiras, onde passou a noite. Ele retornou para a casa da mãe depois que a polícia foi até lá para prendê-lo.

Segundo a delegada, Patrícia Brito, Pietro achou que a polícia tinha ido atrás dele para o levar para uma audiência marcada para esta segunda-feira por conta do crime cometido por ele em fevereiro contra um torcedor do Bahia. Pietro responde por esse crime em liberdade após ficar dez dias preso e ter sido liberado após o pagamento de fiança.

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