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'Ele nasceu para para jogar bola', diz prima de goleiro baiano assassi

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'Ele nasceu para para jogar bola', diz prima de goleiro baiano assassi

Por: Sites da Web

Alisson passou pela base do Vitória em 2016 

O corpo do goleiro baiano Alisson Mateus Moreira, 17 anos, foi enterrado na manhã desta quarta-feira (17), no Cemitério Quinta dos Lázaros, no bairro da Baixa de Quintas, em Salvador. Cerca de 500 pessoas, entre amigos e familiares, participaram da despedida do jovem que morreu depois de ser baleado, em Fortaleza (CE), na noite de sábado (13).

“Ele nasceu para jogar bola. Era tudo que ele sabia e gostava de fazer. Ele não imaginava que ia chegar tão longe. Era só um menino do Subúrbio”, lamenta a prima de Alisson, a supervisora de telemarketing Priscila do Nascimento. Antes do enterro, o corpo do atleta foi velado, desde terça-feira (16), na Igreja Evangélica Deus É Amor, em Mirantes de Periperi, no Subúrbio Ferroviário.

Ainda conforme Priscila, o tio dela, pai do jogador, já tinha viabilizado toda documentação para profissionalizar o filho junto à Federação Cearense de Futebol. "É muito triste. Eu lembro do nosso último contato em vídeo, por meio de uma vídeo chamada, na Semana Santa. Ele chorando ao ver os pratos com comida baiana. Ele era assim, muito família", acrescentou. A prima de Alisson informou que o Floresta arcou com todas as despesas do funeral, desde o translado do corpo para Salvador.

Abalados, os pais do jovem permaneceram ao lado do caixão do filho. Irmão mais velho da vítima, o estudante Agilson Matias Moreira, 18, estava inconsolável. Ele falou sobre o momento em que a família recebeu a notícia, por volta de meia-noite de sábado. "O treinador dele aqui em Salvador ligou para dar a notícia. Foi horrível, precisei ser forte para confortar meus pais e meu irmão mais novo, que tem 14 anos", lembra.

(Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO )

Agilson contou que o irmão sempre sonhou em ser jogador de futebol e se encaixou na posição de goleiro pela altura. "Ele media 1,91, era bem alto mesmo. Meus pais sempre apoiaram muito a escolha dele. Tanto que ele já tinha ido fazer testes em Minas Gerais e no Sul do país", completa. "Eu fico muito triste, porque a gente confia em determinados políticos e eles sequer se compadecem dessa dor. As autoridades da Segurança Pública do Ceará não se manifestaram, a gente repudia essa omissão", completa.

A assistente social do Vitória, Flávia Mangabeira, esteve presente na cerimônia. "O clube se solidariza com a família. Temos muito carinho por nossos meninos, pois, a base é a formação do clube. Nós achamos que tínhamos o dever de vir, até mesmo enquanto cidadãos que somos, prestar solidariedade", afirmou.

Estudantes da Escola Nova Geração em Mirantes de Periperi participaram do enterro do atleta com gritos de homenagem. Colega de Alisson na base em 2016, o estudante Erivelton Silva Santos, 17, lembrou da alegria do amigo. "Ele era um cara muito do bem, alegre, tínhamos ele como um irmão, apesar do pouco tempo que passamos juntos", contou ele, que conviveu com a vítima por seis meses.

Alisson teve passagem na base do Bahia, do Vitória, em 2016, e atualmente estava na categoria de base do Floresta Esporte Clube, no Ceará. O goleiro chegava no Estádio Felipe Santiago, onde acontecia uma festa em comemoração ao acesso do clube à Série A do Campeonato Cearense, quando foi morto.

Segundo o supervisor do clube, Everardo Alves de Sousa, o goleiro estava em um carro com Felipe Gustavo, camisa 10 do time, quando foi surpreendido por dois homens armados em uma motocicleta. Os bandidos mandaram que eles parassem, mas não esperaram os jogadores parar o veículo e atiraram contra as vítimas. O goleiro Alisson foi baleado na cabeça e no ombro. Ele foi socorrido para uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Felipe também foi atingido, mas de raspão. Ele passa bem. O crime aconteceu na Rua São Lázaro, na capital cearense. Correio*

 

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