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Pai acusa PMs de assassinato: “Deixaram meu filho agonizando no chão”

Salvador

Pai acusa PMs de assassinato: “Deixaram meu filho agonizando no chão”

Por: Pesquisa Web

O dia 22 de dezembro de 2017 deveria ser um dos mais felizes na vida de Evanildo dos Santos Nascimento. Nesta data, aos 43 anos de idade, ele viu o seu filho, Gabriel Boaventura de Melo Nascimento, 25, sentir a emoção de ser pai pela segunda vez. Evanildo mal poderia imaginar que, em menos de 24 horas, a história da sua família seria marcada por uma tragédia. Acordado por parentes e vizinhos na madrugada do dia 23, ele encontrou Gabriel entre a vida e a morte, jogado no meio da rua no bairro de Ilha Amarela, Subúrbio de Salvador. “Deixaram meu filho agonizando no chão”. 

Gabriel foi vítima de diversos golpes, muitos deles desferidos contra a sua cabeça. Os responsáveis pelo crime? Agentes da 14ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Lobato), que teriam protagonizado uma abordagem desastrosa em um bar do bairro, onde ele e os amigos comemoravam o nascimento da filha. Quem garante é Ivanildo. “As pessoas que testemunharam os fatos disseram que os policiais chegaram ao local agredindo as pessoas. Todos saíram correndo, meu filho foi um deles”, disse em entrevista.

Na tentativa desesperada de fuga, Gabriel acabou invadindo um estabelecimento onde teria apanhado ainda mais. Ele só foi socorrido pelo próprio pai, que o colocou dentro de uma Kombi. “No meio do caminho, encontramos uma ambulância do Samu, que levou ele para a UPA de Periperi”. De lá, Gabriel acabou sendo transferido para a UPA de Paripe e, em seguida, para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo horas depois.

Revoltado, Evanildo prestou queixa na Corregedoria da Polícia Militar e na Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP). “Todos os vídeos e fotos que tenho foram entregues a eles”. 

Em nota, a Polícia Militar da Bahia confirmou a existência de um inquérito na Corregedoria da corporação para investigar o caso, mas afirmar que só vai se posicionar oficialmente após o fim das investigações, cujo prazo inicial é de um mês. Confira a íntegra do texto:

“Reiteramos a informação de que uma sindicância já foi instaurada pela Corregedoria da Polícia Militar, mas lembramos também que é preciso aguardar a conclusão das investigações. A sindicância ainda está dentro do prazo de 30 dias e a PM somente irá se manifestar após a conclusão ou o encerramento do procedimento”.

Marceneiro, ele conta que o seu filho trabalhava como seu auxiliar e diz não entender o motivo da violência em um momento que deveria ser de felicidade plena. “Quero cobrar justiça. Se a gente fica calado, a situação não muda”.

Fonte: Aratu Online*

Confira registros do momento da abordagem:

 

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