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Mães de crianças com microcefalia terão suporte em caso de violência

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Mães de crianças com microcefalia terão suporte em caso de violência

Por: CN com Assessoria de Comunicação

Com a proposta de ajudar mulheres vítimas de violência a se reerguerem emocional, social e economicamente, o Centro de Referencia de Atenção à Mulher Loreta Valadares (CRLV), vinculado à Secretaria de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), vai ofertar, a partir de março, mais um serviço: vítimas que possuem filhos com microcefalia e doenças associadas poderão participar de um grupo terapêutico no Centro Dia (Edifício Cosmopolitan Mix, Parque Bela Vista). Isso possibilitará que as crianças recebam atendimento qualificado, enquanto elas realizam atividades de elevação da autoestima.

A formação do núcleo foi uma solicitação das mulheres já atendidas no Loreta, e o início das atividades ainda está sendo planejado. De acordo com a titular da Coordenadoria dos Centros de Referencia e das Casas de Acolhimento do município, Maria Auxiliadora Almeida, a estimativa é que participem do grupo terapêutico mais 25 mulheres. No Centro Dia, as crianças serão atendidas por uma equipe composta por coordenador, assistente social, psicólogo, terapeuta ocupacional, cuidadores e auxiliares, que se dedicarão exclusivamente às crianças.

Outra novidade anunciada pelo Loreta Valadares – localizado na Praça Almirante Coelho Neto, nº 1, Barris – é que, além das atividades fixas já realizadas pelas mulheres no espaço, a exemplo de aulas de yoga, biodança ou oficinas produtivas, o espaço vai ofertar, em breve, karatê, com vagas ofertadas para demanda espontânea, ou seja, qualquer mulher atendida pelo equipamento poderá participar desta ação. Estas atividades possuem caráter terapêutico e buscam a valorização e o empoderamento delas.

Apenas no mês de janeiro deste ano, 186 mulheres realizaram algum tipo de atendimento no Loreta Valadares, que oferece orientação jurídica e psicológica ao público feminino. O espaço também oferece apoio pedagógico aos filhos das vítimas com idade até doze anos, enquanto as mães realizam atendimento no centro, e mais uma série de atividades, palestras e cursos que promove a elevação da autoestima e o empoderamento feminino.

Serviços – O Loreta Valadares recebe mulheres por demanda espontânea, ou seja, qualquer vítima pode ter acesso aos serviços disponibilizados através do espaço, comparecendo apenas ao local. Ao chegarem à instituição, as vitimas passam por quatro fases de atendimento que envolvem desde aconselhamento em momentos de crise a atividades de prevenção a violência – protocolo de caráter sigiloso e com privacidade absoluta.

Através destes procedimentos, as mulheres que sinalizam a necessidade de sair de casa com brevidade são encaminhadas para Casa de Acolhimento Provisório de Curta Duração Irmã Dulce – onde contam com uma estrutura segura e com uma equipe multiprofissional que as acolhe e realiza os encaminhamentos legais necessários para que a vítima possa superar seus traumas e ter sua rotina restabelecida com brevidade.

Na Casa Irmã Dulce, tanto as vítimas como seus filhos, com idade até doze anos, podem permanecer por um período de até quinze dias, estimativa para que elas possam se sentir novamente seguras e encontrar um novo caminho para suas vidas. Para esta casa de acolhimento, as vítimas são encaminhadas através do sistema garantia de direitos, ou seja, de órgãos ou serviços públicos como as Delegacias de Atenção a Mulher (DEAM), Defensoria Pública, Ministério Público ou mesmo do Loreta Valadares.

Mapa da violência - De acordo com os indicadores de violência contra a mulher do Observatório da Mulher Contra a Violência, do Senado Federal, a Bahia é o terceiro estado do Nordeste com maior número de mulheres assassinadas, com base em 2014. Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, no ano de 2014, foram registrados 386 homicídios com vítimas do sexo feminino. Deste total, 84% das vítimas eram da cor preta ou parda.

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