Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Salvador

/

TRE reconhece equívoco em recadastramento de cantora que denunciou racismo

Salvador

TRE reconhece equívoco em recadastramento de cantora que denunciou racismo

Por: Pesquisa Web

Juliana Ribeiro criticou tratamento durante biometria (Foto: Dora Almeida/ Divulgação)

 

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) enviou nota de esclarecimento à imprensa na terça-feira (24) reconhecendo o equívoco no caso denunciado pela cantora Juliana Ribeiro, que durante o recadastramento biométrico escutou de um funcionário do órgão um pedido para que retirasse o seu torso, espécie de lenço usado na cabeça. Essa atitude foi classificada pela cantora como racismo.

Na ocasião, Juliana se recusou a atender o pedido e o funcionário teria dito à cantora que existia uma lei que determina a retirada do adereço. Ele foi corrigido por colegas de trabalho e a artista conseguiu concluir o procedimento. O caso foi denunciado pela artista nas suas redes sociais nesta segunda (23) que considerou a situação um episódio de “racismo institucionalizado”. O TRE-BA informou ainda que nenhuma reclamação foi registrada nos canais de comunicação do órgão.

Segundo a assessoria de comunicação, para a foto do recadastramento biométrico é preciso deixar o rosto bem visível e sem sombras para que o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possa fazer o reconhecimento facial. Por isso, o funcionário pode pedir para o cidadão tirar bonés, chapéus ou até mesmo tirar o cabelo que esteja caindo no rosto. Os olhos também precisam estar visíveis e, sendo assim, óculos de sol também não são permitidos.

Indignação
A cantora relatou que ficou indignada com o episódio. “Pensei comigo ‘de novo esta história de racismo institucional disfarçado de 'lei'?’. Respirei fundo, sorri sarcasticamente é claro, e respondi sorrindo: - Não, não posso”, respondeu. Diante da insistência do funcionário, que dizia se basear em uma lei, ela replicou. O preposto do TRE-BA só parou após ser alertado por duas colegas de trabalho, que reconheceram a cantora.

"O funcionário não deu mais uma palavra. Fez a minha biometria com a cara emburrada e concluiu meu atendimento. Saí de lá fina, dando tchauzinho para as funcionárias e deixei ele e o racismo dele colocados no devido lugar! Será que não dá para se instruir melhor, ao invés de ficar reproduzindo atitudes preconceituosas? Cansada desses racismos institucionais e cotidianos", finalizou. Fonte: Correio*

Relacionados