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'A PM mata e o MP enterra', diz Rute Fiúza após denúncia da promotoria

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'A PM mata e o MP enterra', diz Rute Fiúza após denúncia da promotoria

Por: Pesquisa Web

(Foto: Betto Júnior/Arquivo CORREIO)


A comerciante Rute Fiúza recebeu com indignação a notícia de que o Ministério Público Estadual (MP-BA) denunciou sete policiais militares pelos crimes de sequestro e cárcere privado de seu filho, o adolescente Davi Santos Fiúza, desaparecido em outubro de 2014, então com 16 anos. Em agosto, a Polícia Civil havia indiciado 17 PMs por homicídio qualificado. O inquérito foi enviado ao MP-BA que anunciou, na segunda-feira (10), que denunciaria apenas sete, dos 17 citados na peça de acusação produzida pela polícia.

Para Rute, todos os policiais que participaram da operação da Polícia Militar - um teste para obtenção do título de soldado -, no bairro de São Cristóvão, onde a família morava na época, tinham que ser denunciados. Rute Fiúza disse, ainda, que "O MP-BA é omisso, tem 100% de culpa nos crimes que ocorrem porque não fazem um controle do trabalho da PM. Eles têm tanta participação quanto a polícia".

Meu filho está na casa de quem?
Outro razão da indignação da mãe do adolescente desaparecido é o fato dos PMs terem sido denunciados por sequestro e cárcere privado. Os promotores de Justiça explicam que as provas apresentadas pela investigação da Polícia Civil não forneceram subsídios suficientes para que o Ministério Público denuncie os policiais pelo crime de homicídio.

Embora mãe acredite em morte, corpo de menino nunca foi encontrado (Foto: Reprodução)

“A autoridade policial não logrou êxito em localizar o menor, seja este com vida, ou seus restos mortais, para que sejamos capazes de apontar, com supedâneo no laudo cadavérico próprio, as causas e circunstâncias que cercaram a sua morte, acaso esta tenha ocorrido”, afirmou a promotora Ana Rita Nascimento, uma das autoras da peça de acusação apresentada à Justiça.

Investigação própria
Os militares denunciados são Moacir Amaral Santiago, Joseval Queiros da Silva, Genaro Coutinho da Silva, Tamires dos Santos Sobreira, Sidnei de Araújo dos Humildes, George Humberto da Silva Moreira e Ednei da Silva Simões foram denunciados pelos crimes de sequestro e cárcere privado (artigo 148, parágrafo 1º, incisos III e IV, combinado com os artigos 29 e 61, inciso II, letra g, do Código Penal). 
Embora tenha indiciado apenas sete policiais, o MP-BA informou que vai apurar, de forma independente, o paradeiro do adolescente. Para isso, a promotoria decidiu instaurar um Procedimento de Investigação Criminal (PIC).

Procurada, a Polícia Militar não informou se os militares seguem trabalhando. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) disse que não comentaria o assunto. "A SSP-BA comenta sobre inquérito que está em outra instância. Informa ainda que qualquer solicitação, de órgão competente, para novos procedimentos, será atendida. Por fim, acrescenta que, após envio do inquérito, nada foi requisitado", afirmou a pasta. Fonte: Correio*

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