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Rede municipal de saúde atende quase mil pessoas com anemia falciforme

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Rede municipal de saúde atende quase mil pessoas com anemia falciforme

Por: CN com Assessoria de Comunicação

Dores, infecções, icterícia e úlceras podem ser sintomas de doença falciforme, problema hereditário caracterizado por uma deformidade nas hemácias, as células do sangue. Em Salvador, 972 pacientes estão cadastrados nos ambulatórios da rede municipal de saúde e recebem o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar composta por hematologista, psicólogo, nutricionista e enfermeiro.

Há seis anos, o atendimento para adultos era realizado exclusivamente pela Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) e o pediátrico, pela Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Para garantir assistência a quem tem a doença, a Prefeitura construiu dois ambulatórios altamente equipados, que hoje contam com equipes especializadas de acompanhamento: os multicentros do Vale das Pedrinhas e da Carlos Gomes.

Segundo Marivone Monteiro, enfermeira responsável pelo setor, além de contar com o atendimento especializado dessas duas unidades, os pacientes são acompanhados por outros profissionais de saúde em qualquer unidade da rede e recebem gratuitamente medicamentos que auxiliam no controle das dores e infecções, como a penicilina e os analgésicos (dipirona, Tilex e até morfina). A penicilina é distribuída nas unidades públicas de saúde que dispõem de farmácia e os analgésicos podem ser ministrados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

Cura – O único procedimento capaz de curar a doença falciforme é o transplante de medula óssea. Primeiramente, o processo consiste em destruir a medula óssea que produz as células sanguíneas defeituosas, com o uso de drogas quimioterápicas. Em seguida, são infundidas no paciente células-tronco da medula de um doador compatível para que seja criada uma nova fábrica de células sanguíneas sadias.

Para além do transplante, existe o tratamento com Hidroxiureia. O medicamento é distribuído pela Hemoba e, apesar de não curar, amplia a qualidade de vida, reduz as crises de dores e previne as infecções.

Diagnóstico – A maneira mais frequente de identificar a doença é a realização do teste gratuito de pezinho em crianças recém-nascidas. Entretanto, o exame só se tornou obrigatório em 1992. Por isso, quem nasceu antes desse período e apresenta os sintomas da doença, pode recorrer à Eletroforese de Hemoglobina, exame que identifica os tipos de hemoglobina do sangue. O exame gratuito é disponibilizado por todas as unidades laboratoriais do Município.

A doença – A anemia falciforme caracteriza-se por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos. A doença é predominante em negros, mas não é exclusiva para essa cor de pele, por conta da miscigenação, o que facilita que uma pessoa de pele branca desenvolva o problema.

Os principais sintomas são as dores articulares, palidez e icterícia, atraso no crescimento, feridas nas pernas e tendência a infecções. Por causa da dificuldade de transporte de oxigênio realizado pelo sangue, quem sofre com a doença pode ter complicações mais sérias, como Acidente Vascular Cerebral (AVC) e problemas respiratórios graves que podem levar à morte.

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