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Com setor automotivo em crise, Montadoras devem começar julho com demissões

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Com setor automotivo em crise, Montadoras devem começar julho com demissões

Por: Camaçari Notícias

O recuo nas vendas de automóveis, altos estoques e as previsões de que a atividade econômica continue fria no segundo semestre de 2015 fazem aumentar o receio de uma onda de desemprego no setor automotivo. Estima-se que 5 mil trabalhadores sejam demitidos neste ano apenas no Estado de São Paulo. O último dado da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) aponta para um excedente no número de trabalhadores da ordem de 30 mil no Brasil.


Além de férias coletivas, as empresas estão utilizando amplamente o mecanismo de lay off (suspensão de contratos de trabalho). O lay off tem duração de 5 meses e pode ser renovado. Ele é utilizado para que as empresas dividam o pagamento do salário com o governo – via recursos do Fundo de Amparo (FAT) ao Trabalhador – e assim evitem as demissões.


Os estoques da indústria no País chegam a 361,1 mil unidades e 51 dias. Essa medida de estoques em dias significa que toda a indústria tem veículos para vender, sem ter de produzir, por 51 dias, segundo a Anfavea. Em janeiro deste ano, a indústria empregava 144,2 mil pessoas, número reduzido para 138,2 mil, em maio. Em maio do ano passado, eram 152,3 mil empregados. Dados da Anfavea, do fim de maio, contavam 25 mil trabalhadores em regime de férias coletivas ou lay off.


Na quarta-feira (24), a General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul (no ABC paulista) fecharam acordo para o pagamento de R$ 6 mil a todos os funcionários da unidade, cerca de 10.500. A primeira parcela será depositada em 8 de julho, segundo informou o vice-presidente do sindicato, Francisco Nunes. A GM informou que não comenta o caso. O pagamento de R$ 6 mil acordados entre o sindicato de São Caetano e a GM é referente ao pagamento da primeira parcela da participação nos lucros de 2015. A segunda, tradicionalmente, é paga em janeiro do ano seguinte.


"Estamos apreensivos. Não vemos perspectivas de melhora no cenário. Em 8 de julho acaba o lay off de 819 trabalhadores da unidade e a empresa vem dizendo que essas pessoas não terão como retornar ao trabalho", explica Nunes. No interior paulista, na unidade da montadora de São José dos Campos (5,2 mil funcionários), o Sindicato dos Metalúrgicos negocia uma primeira parcela de R$ 9,5 mil.


Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região há 1.700 trabalhadores em férias coletivas, o que levou a fábrica a parar 100% da produção dos veículos (S10 e Traillblazer, únicos modelos produzidos na planta). Além disso, há 778 trabalhadores em layoff desde março, com volta prevista para agosto. Oficialmente, a “General Motors do Brasil informa que, em acordo com os respectivos sindicatos, irá conceder a empregados da linha de produção nos complexos industriais de São Caetano do Sul (SP), São José dos Campos (SP) e Gravataí (RS) e das fábricas de Mogi das Cruzes (SP) e de Joinville (SC) férias coletivas e days off. A medita tem como objetivo ajustar o volume de produção à atual demanda do mercado.”


A Volkswagen de Taubaté (SP) suspendeu em 27 de abril, os contratos de trabalho de 120 trabalhadores da linha de produção por até cinco meses. Com a medida, a montadora passou a ter 370 operários em layoff, segundo o Sindicato dos Metalurgicos de Taubaté e Região (Sindmetau). A unidade tem 4,9 mil trabalhadores e produz 850 veículos por dia, dos modelos Gol, Voyage e Up.

 

Fonte: Ig

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