Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Economia

/

Em maio, comércio varejista cai 1,1 %

Economia

Em maio, comércio varejista cai 1,1 %

Por: CN com Assessoria de Comunicação

O comércio varejista registrou no mês de maio uma queda de 1,1% no volume de vendas, quando comparado a igual mês do ano de 2017. Em contrapartida, o varejo nacional registrou crescimento de 2,7%, em relação à mesma base de comparação. Na análise sazonal, a taxa do comércio varejista no estado baiano registrou taxa negativa de 1,7%. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio, analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

A queda no volume de vendas registrada em maio pode ser atribuída à greve dos caminhoneiros, que durou oito dias úteis, apesar de se tratar de um mês em que se comemora o Dia das Mães, período em que as vendas do setor costumam ser estimuladas. Essa paralisação impactou na atividade econômica levando a uma crise de abastecimento. Além da perda de confiança dos consumidores quanto ao desempenho da economia nos próximos meses. De acordo com o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas houve um recuou de 2,5 pontos em maio, ao passar de 89,4 para 86,9 pontos.

Por atividade, os dados do comércio varejista do estado da Bahia, quando comparados a maio de 2017, revelam que quatro dos oito segmentos que compõem o Indicador do Volume de Vendas registraram comportamento positivo. Listados pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente, têm-se: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,9%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,5%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,2%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (1,0%). Entretanto, o comportamento desses segmentos não foi suficiente para reverterem à queda nos negócios nesse mês. A influência dos segmentos que registraram variação negativa foi mais intensa, sendo eles: Combustíveis e lubrificantes (-18,0%); Tecidos, vestuário e calçados (-7,4%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-6,3%); e Móveis e eletrodomésticos (-0,1%). No que diz respeito aos subgrupos, verifica-se que Móveis (-2,8%) registrou variação negativa. Enquanto o de Hipermercados e supermercados e o de eletrodoméstico a variação foi positiva em 3,1% e 2,2%, respectivamente.

Os segmentos que mais influenciaram o comportamento negativo das vendas na Bahia nesse mês de maio foram Combustíveis e lubrificantes e Tecidos, vestuário e calçados. A razão para esse movimento está na paralisação dos caminhoneiros realizada no final do mês que repercutiu na atividade econômica. No caso do segmento de Combustíveis e lubrificantes houve elevação dos preços dos combustíveis, diante do desabastecimento, levando alguns postos a praticarem preços abusivos.

Nesse mês, o comportamento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, segmento de maior peso para o Indicador de Volume de Vendas do Comércio Varejista foram determinante para amenizar queda nas vendas do setor. O primeiro, dado a sua peculiaridade em comercializar artigo de menor valor agregado foi influenciado pela comemoração do Dia das Mães, à despeito de um menor ritmo da atividade econômica. Enquanto, o segundo, apesar da crise de abastecimento vivenciada no país, teve suas vendas estimuladas pela manutenção da massa de rendimentos reais habitualmente recebidas e a redução da inflação no domicilio. Além do que a crise no abastecimento provocou uma corrida dos consumidores aos supermercados dado o receio da falta dos produtos.

COMPORTAMENTO DO COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO - O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou, em maio, decréscimo nas vendas de 1,8%, em relação a igual mês do ano anterior. Entretanto, nos últimos 12 meses, houve crescimento de 3,6% no volume de negócios desse setor.

O segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou queda nas vendas (-3,7%) em relação a igual mês do ano anterior. Mas a variação negativa não reverteu à trajetória de crescimento registrada nos últimos meses. Nos últimos 12 meses, o crescimento no volume de negócios foi de 10,1%. Esse comportamento é justificado pela dificuldade na renovação de estoque de veículos, já prontos para entrega, devido à greve dos caminhoneiros. Em relação ao segmento Material de Construção, as vendas no mês de maio foram negativas em 1,8%, comparado ao mesmo mês do ano de 2017.

Relacionados