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<b>Preço da cesta básica aumentou na maior parte das capitais</b>

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Preço da cesta básica aumentou na maior parte das capitais

Por: CN com Assessoria de Comunicação

Houve aumento no preço do conjunto de alimentos essenciais em 16 das 18 cidades onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas foram registradas em Fortaleza (7,15%), Porto Alegre (6,35%), Vitória (6,08%) e Rio de Janeiro (6,02%). As retrações aconteceram em Recife (-0,77%) e Natal (-0,12%).

A cesta mais cara foi a de Florianópolis (R$ 450,35), seguida pela de Porto Alegre (R$ 449,89), São Paulo (R$ 446,02) e Rio de Janeiro (R$ 443,69). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 329,90) e Recife (R$ 330,20).

Em 12 meses, os preços médios da cesta aumentaram em 15 cidades, com destaque para as taxas de Florianópolis (8,15%), Campo Grande (7,58%) e Fortaleza (7,02%). Em três cidades, houve diminuição: Belém (-1,45%), Goiânia (-1,34%) e São Luís (-1,19%).

Em 2018, 14 capitais acumularam alta, com destaque para Vitória (8,96%), Curitiba (8,40%) e Campo Grande (8,34%); outras quatro mostraram queda: Goiânia (-0,83%), Recife (-0,59%), Natal (-0,39%) e São Luís (-0,23%).

Com base na cesta mais cara, que, em outubro, foi a de Florianópolis, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em outubro de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.783,39, ou 3,97 vezes o salário mínimo nacional, de R$ 954,00. Em setembro, tinha sido estimado em R$ 3.658,39, ou 3,83 vezes o piso mínimo do país. Em outubro de 2017, o mínimo necessário era equivalente a R$ 3.754,16, ou 4,01 vezes o salário mínimo nacional daquele ano, correspondente a R$ 937,00.

PREÇO DA CESTA BÁSICA VOLTA A AUMENTAR EM SALVADOR APÓS SUCESSIVAS QUEDAS
Em outubro de 2018, a cesta básica na capital baiana registrou aumento de 4,80% em relação a setembro, passando a custar R$ 331,02. Apesar da forte alta, Salvador ainda está entre as capitais com o menor valor entre aquelas onde o DIEESE realiza a pesquisa. No mês anterior, o custo foi de R$ 315,86.

No mês, houve expressivo aumento no preço médio do tomate (52,85%), acompanhando um movimento observado na maioria das capitais pesquisadas. Outros produtos que registraram alta, em Salvador, foram o arroz (1,26%), a manteiga (1,21%), a carne de primeira (1,02%), o açúcar (1,01%) e o pão francês (0,89%). As reduções foram registradas no preço médio da farinha de mandioca (-6,98%), da banana (-4,49%), do café (-2,25%), do óleo de soja (-0,57%), do leite longa vida (-0,46%) e do feijão carioquinha (-0,33%).

O trabalhador soteropolitano remunerado pelo salário mínimo comprometeu 76 horas e 20 minutos de sua jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais em outubro. Em setembro, a jornada havia sido menor (72 horas e 50 minutos).

Quando se compara o custo da cesta básica em Salvador com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verificamos o comprometimento de 37,72% do mesmo para a aquisição de uma cesta em outubro de 2018. Em setembro, esse percentual foi menor, 35,99%.

CESTA BÁSICA X SALÁRIO MÍNIMO
Em outubro de 2018, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 88 horas e 31 minutos. Em setembro de 2018, ficou em 85 horas e 35 minutos, e, em outubro de 2017, em 86 horas e 51 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em outubro, 43,73% do salário mínimo líquido para adquirir os mesmos produtos que, em setembro, demandavam 42,29% e, em outubro de 2017, 42,91%.

COMPORTAMENTO DOS PREÇOS
Entre setembro e outubro de 2018, os preços do tomate, da batata (coletada na região Centro-Sul) e do arroz agulhinha apresentaram alta na maior parte das capitais pesquisadas. Já o leite integral teve redução no preço médio. O preço do tomate aumentou bastante em 16 cidades, com taxas de 99,53%, em Vitória; de 70,81%, no Rio de Janeiro; e, 68,48%, em Belo Horizonte. A menor taxa positiva, de 5,81%, ocorreu em Goiânia. As quedas foram registradas em Recife (-3,07%) e Aracaju (-2,21%). Em 12 meses, apenas Goiânia (-10,87%), Belém (-2,51%) e Aracaju (-0,75%) mostraram diminuição; nas demais cidades houve alta, que variou entre 2,23%, em São Luís, e 111,54%, em Florianópolis. A menor oferta foi consequência do atraso na colheita, devido à lenta maturação dos frutos.

A batata, pesquisada na região Centro-Sul, apresentou alta em quase todas as cidades, exceto em Campo Grande (-7,14%) e Brasília (-1,06%). Destacaram-se os aumentos registrados em Porto Alegre (20,60%), Rio de Janeiro (18,32%) e Curitiba (15,70%). Em 12 meses, nove cidades tiveram redução de preço médio e apenas Florianópolis (13,51%) apresentou elevação. As quedas variaram entre -43,25%, em Campo Grande e -0,39%, em Goiânia. As chuvas interromperam a colheita e a oferta diminuiu, o que acarretou elevação nos preços.

O preço médio do arroz agulhinha aumentou em 14 cidades, ficou estável em Recife e diminuiu em Belo Horizonte (-8,31%), Curitiba (-3,05%) e São Paulo (-0,32%). As maiores elevações ocorreram em Belém (7,18%) e Brasília (3,69%). Em 12 meses, 17 capitais mostraram alta acumulada, que variaram entre 0,63%, em Salvador e 12,02%, em Vitória. A queda foi anotada em Goiânia (-2,69%). Ainda em outubro, a cotação do arroz subiu no varejo; os motivos apontados foram tanto a negociação entre as indústrias e os produtores, quanto a dificuldade de transporte do grão, devido às chuvas no início do mês.

O leite integral apresentou queda de valor em 15 capitais, em outubro, com variações entre -5,85%, em Campo Grande e -0,23%, em Vitória e São Luís. O preço médio não variou em Goiânia e aumentou em João Pessoa (1,67%) e Belém (0,83%). Em 12 meses, todas as capitais tiveram aumento, que oscilaram entre 7,56%, em Porto Alegre e 33,65%, em Vitória. A fraca demanda por leite e o aumento da oferta reduziram o preço no varejo.

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