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Na RMS, homens perdem 26 mil e mulheres 19 mil postos de trabalho

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Na RMS, homens perdem 26 mil e mulheres 19 mil postos de trabalho

Por: G1

A região metropolitana de Salvador fechou 45 mil postos de trabalho em 2015, em relação ao ano de 2014, recuando o número absoluto de ocupações de 1,545  milhão para 1,5 milhão.

Negativo, o dado surpreende por reduzir a desigualdade de empregabilidade entre homens e mulheres. Isso ocorre porque o sexo masculino foi o maior afetado pelo momento de crise econômica enfrentado pelo país e que não poupa a Bahia. A constatação é da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Salvador (PED-RMS) que foi divulgada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI-BA) na manhã desta quinta-feira (3).

Do total de 45 mil postos de trabalho perdidos na RMS, 26 mil eram ocupados por homens e 19 mil por mulheres. Com a redução, o sexo masculino enfrentou recuo de ocupação de 828 mil para 802 mil entre 2014 e 2015 (-3,8%). No mesmo período, em menor percentual, o número de postos para mulheres caiu de 717 mil para 698 mil (- 2,7%). Os dados da pesquisa também revelam que o número de homens desempregados, entre 2014 e 2015, passou de 144 mil para 165 mil (+14,6%). Já as mulheres, permaneceram com o número de postos quase estável, passando de 181 mil para 180 mil (+0,6%).

Os dados gerais da pesquisa apontam que, entre 2014 e 2015, o percentual de homens ocupados na RMS recuou de 53,6% para 53,4%, uma redução de 0,2%. Entre as mulheres, por sua vez, subiu de 46,4% para 46,6%, um avanço de 0,2%. No mesmo período, no que diz respeito ao percentual de desempregados, o sexo masculino enfrentou avanço da taxa de 44,4% para 47,7% (+3,3%). Já para o sexo feminino, houve recuo na taxa de desempregadas de 55,6% para 52,3% ( -3,3%).

Entre 2014 e 2015, os dados do levantamento da SEI apontam que o setor da economia que mais contratou mulheres foi a "Indústria de Transformação", onde o aumento registrado foi de 10,3% (passou de 29 para 32 mil). Já o setor que mais demitiu foi o "Comércio", onde o recuo registrado foi de 9,4% (passou de 138 mil para 125 mil). Os homens enfrentaram forte perda de postos de trabalho no setor "Construção Civil" (-18%). O maior avanço foi no setor de "Serviços" (+2,7%).

Desempenho das Mulheres
Em relação ao desempenho das mulheres, mesmo diante de um cenário de perdas de posto de trabalho, o o analista da PED pela SEI, Luiz Chateaubriand, destaca uma série de avanços. "Tivemos de modo geral uma melhoria da qualidade dos postos de trabalho destinado às mulheres. O trabalho feminino cresceu entre as assalariadas (+0,3%), do setor privado com carteira de trabalho assinada (+1,9%) - enquanto dos homens reduziu (- 4,4%). Ele [o trabalho feminino] diminuiu nos ambientes onde reina e prevalece muita precariedade, que foi no trabalho autônomo (-11,9%) e trabalho doméstico (-7,4%)", detalha.

Em relação às demissões de mulheres, Ana Simões, coordenadora técnica da PED-RMS, conta que as mais jovens foram as mais atingidas. "Uma das coisas que a gente observou é que esse impacto atingiu as mais jovens. Ao contrário, a condição das mulheres mais velhas, a partir de 50 anos, melhorou no mercado de trabalho, assim como os das mulheres chefes e as mais escolarizadas. A gente acredita que houve uma valorização neste momento [de crise] da experiência e da escolarização", atesta.

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