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Bahia
Por: Sites da Web
Serralheiro foi agredido com socos, chutes e até uma barra de ferro durante abordagem policial
(Foto: Gil Santos/ CORREIO)
Assustado e com medo de sofrer represálias, o serralheiro Moisés Gonçalves, 18 anos, deixou o apartamento onde estava morando há três anos com a mãe a esposa e a filha, no condomínio Quinta da Glória, em Itinga. Na quinta-feira (3), o apartamento onde a família vivia estava fechado.
"Minha família está muito assustada e então achamos melhor eu sair de lá por um tempo", afirmou o serralheiro. Ele estuda a possibilidade de aderir ao Programa de Proteção à Testemunha, oferecido pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS).
Moisés foi arrastado de dentro de um prédio vizinho, por dois policiais militares e espancado na frente da mãe, da esposa e de outros moradores na quarta-feira (24). Parte da agressão foi registrada em vídeo por um dos moradores através do celular. O serralheiro foi obrigado a entrar no porta-malas de um Voyage e levado até um matagal onde, de acordo com os relatos da vítima, foi torturado.
A Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) informou que a agressão é também um caso de racismo. A Secretaria formou uma comissão com a SJDHDS para acompanhar a investigação da polícia. No próximo dia 11 de março representantes das duas Secretarias vão se reunir com integrantes de outros órgãos de Direitos Humanos e da Justiça para discutir o caso. O objetivo é pensar em medidas para proteger a vítima e seus familiares.
Um inquérito foi aberto na Corregedoria da Polícia Militar para investigar a ação dos policiais. A assessoria da PM informou, seis dias depois do fato, que os dois PMs foram afastados das atividades de rua. Eles integram o setor de Inteligência da 81ª Companhia Independente da PM (Itinga) e estão desenvolvendo trabalhos internos.
Fonte: Correio da Bahia*
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