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Corpos de família incendiada pelo pai serão enterrados após quase 3 meses

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Corpos de família incendiada pelo pai serão enterrados após quase 3 meses

Por: G1

Gilson Jesus Moura, 49 anos, incendiou casa onde morava com a família.

 

Os corpos das cinco pessoas da mesma família, vítimas de chacina ocorrida em Feira de Santana, cidade a 100 km de Salvador, foram liberados pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) na manhã desta terça-feira (28), quase três meses após o crime. As mortes ocorreram no dia 4 de janeiro deste ano, quando Gilson Jesus Moura, 49 anos, ateou fogo na própria família, dentro da casa onde moravam. Três filhos dele, a enteada, e o filho da jovem, uma criança de um ano, morreram queimadas dentro do imóvel.

Segundo informações do DPT, todas as cinco vítimas serão enterradas às 14h desta terça-feira, no Cemitério São Jorge, em Feira de Santana. A mulher do homem que cometeu o crime, e uma das filhas, sobreviveram ao incêndio.
A enteada dele, mãe de uma das vítimas, estava grávida de cinco meses.

'Não tinha motivo'
Gilson Jesus Moura, 49 anos, assumiu o crime, mas disse que não tinha motivo para fazer o que fez. Ele foi preso dois dias depois do crime, quando tentava pegar um transporte alternativo para outra cidade. "Eu não tinha motivo nenhum para fazer isso porque eu estava super bem com minha família, meus filhos me adoravam. Eu era o tempo todo com minha filha menor no colo, abraçando meus filhos o tempo inteiro", disse.

Crime
Um bebê, duas crianças e dois adolescentes morreram após o incêndio na casa onde moravam, no bairro de Mangabeira, em Feira de Santana, na madrugada do dia 4 de janeiro. 
Além dos cinco mortos, outras duas pessoas ficaram feridas, uma mulher de 37 anos, mãe das vítimas, e outra criança, de três anos. Elas foram resgatadas por vizinhos, que arrombaram a porta ao perceberem o incêndio.

A mulher de Gilson, Cristina de Jesus Moura, de 37 anos, prestou depoimento à polícia no hospital e confirmou que o marido foi o responsável por colocar fogo na casa onde a família dormia. A polícia confirmou ainda que os dois viviam uma relação incestuosa, já que eram irmãos por parte de mãe.

Drama
vizinhos que ajudaram a socorrer as vítimas de dentro da casa incendiada lembraram o desespero da mãe e da criança de 3 anos que foram as únicas sobreviventes. 
"A criança falava 'socorro tia, não me deixa morrer, cadê a minha mãe?'. E a mãe dizia: 'salve meus filhos, por favor, salve meus filhos'", conta Edilene de Jesus, vizinha da família que ajudou no socorro às vítimas.

Uma testemunha informou para polícia que o Gilson havia se desentendido com Cristina, por ciúme, durante a festa de réveillon. O galão utilizado no crime foi apreendido e encaminhado para perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT). A polícia ouviu vizinhos do casal, que vivia junto há 15 anos. As testemunhas relataram que eles não costumavam brigar, e que o suspeito era um pai carinhoso. "Ele era uma pessoa muito boa para todos nós, inclusive para família e para ela. Ele falava sempre que amava ela", conta Roberto Santana, vizinhos da família.

 

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