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Ausência de carimbo em atestado de óbito impede pais de enterrar a Gabrielly

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Ausência de carimbo em atestado de óbito impede pais de enterrar a Gabrielly

Por: G1

Gabrielly Gomes de 7 anos estava desaparecida há três meses na Bahia e foi achada morta.

Um erro no atestado de óbito impediu os pais da garota Gabrielly Gomes Santana, de 7 anos, encontrada morta após ficar desaparecida por três meses na cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, de enterrar os restos mortais da criança na quinta-feira (27). Por causa do problema, o sepultamento foi adiado para esta sexta-feira (28).

O enterro estava marcado para ocorrer às 15h, no Cemitério São Jorge, mas o fórum de Feira de Santana não liberou a guia de sepultamento porque a declaração de óbito que o pai de Gabrielly recebeu do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Salvador estava sem o carimbo de um médico.

Os restos mortais da menina estavam sendo velados desde o início da tarde no Hospital Dom Pedro, onde familiares, amigos e outras pessoas que se comoveram com o caso se reuniram para se despedir da garota. O problema no atestado, no entanto, só foi descoberto no momento de realizar o enterro. Os pais lamentaram o adiamento do enterro. "Faz 97 dias que minha filha desapareceu e eu estou em estado de choque até hoje, eu e minha família. E na hora de sepultar a minha filha, dá um problema desse aqui", disse o pai da menina, Joilson Santana, bastante emocionado. No final da tarde, o impasse foi resolvido, mas não houve mais tempo de realizar o enterro nesta quinta.

Ossada
A ossada da garota Gabrielly foi localizada a 5km do local onde a menina foi vista pela última vez. A informação foi divulgada pela Polícia Civil na última quarta-feira (26). Segundo a polícia, a confirmação de que a menina foi morta se deu por meio de um exame de DNA feito em um crânio encontrado queimado no dia 14 de fevereiro, em um terreno baldio, no Feira Nove, perto do bairro Gabriela, onde a vítima morava. O resultado do laudo saiu nesta quarta.

Gabrielly desapareceu no dia 21 de janeiro, enquanto brincava na frente de casa, no residencial Solar da Princesa. A polícia informou que já tem uma linha de investigação e vai trabalhar agora pra prender o a pessoa que cometeu o homicídio. Mais detalhes da apuração do caso não foram divulgados para não atrapalhar as investigações.

Onze dias após o desaparecimento da vítima, um homem suspeito do crime chegou a ser preso, mas, após realização de perícias, a polícia descartou a participação dele no sumiço da menina e o rapaz foi solto. No dia 23 de março, a polícia baiana divulgou o retrato falado de um casal que teria sido visto com Gabrielly, no Piauí, no dia 2 do mesmo mês. No entanto, conforme informou o coordenador da Polícia Civil em Feira de Santana, João Uzzum, com a confirmação da morte da menina, na cidade, a participação do susposto casal no crime e a linha de investigação foram descartadas. Conforme o delegado, não há a possibilidade da menina ter sido vista no Piauí em março, já que a ossada dela foi encontrada em Feira de Santana no dia 14 de fevereiro.

Caso
Gabrielly desapareceu enquanto brincava na porta de casa, em janeiro deste ano. Após o ocorrido, a avó da garota, Maria da Glória Costa Gomes, contou que a menina brincava sozinha no local quando sumiu. "Eu fiquei de olho nela, mas em um momento fui lavar o banheiro e disse: 'não saia daí, não vá na casa de ninguém'. Quando saí na porta, não a encontrei e fui na casa das vizinhas que ela costuma brincar. Quando cheguei, as crianças estavam dormindo e, em algumas casas, a família nem estava. Foi aí que vimos que ela tinha desaparecido", contou a avó, logo após a menina desaparecer.

Maria da Glória morava com a menina desde que a criança tinha dois anos. Ela ficava com a neta para a mãe da garota, Jeisa gomes, poder trabalhar. Ainda segundo a avó da criança, uma testemunha relatou ter visto um carro rondando a região no dia do desaparecimento. De acordo com Maria da glória, assim que a menina sumiu, ela e a mãe da criança foram à delegacia registrar a ocorrência.

Os pais de Gabrielly são separados, mas o pai é presente na rotina da criança e a guarda é compartilhada. No fim de março, dois meses após o desaparecimento de Gabrielly, Jeisa afirmou em entrevista que ainda tinha esperança de encontrar a filha viva. “A gente confia em Deus, esperando um milagre”, disse. O pai da menina, Joilson Santana, também falou em entrevista sobre o desaparecimento da filha, durante uma caminhada para pedir agilidade nas investigações do caso. "Tenho certeza que minha filha está viva. Eu quero minha filha sã e salva", disse, na ocasião.

 

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