Davi relembra trabalho como vendedor em ônibus: 'Cada real importava, eu deixava de almoçar para pagar as contas'
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Bahia
Por Camaçari Notícias
Controle do comércio de placas no estado ainda é deficiente e apresenta brechas para a clandestinidade.
A Polícia Civil tem realizado constantes operações com o intuito de prender quadrilhas especializados no roubo e clonagem de veículos no estado da Bahia. Quadrilhas organizados fazem desse crime uma prática comum em todo o estado, que vem registrando números assustadores nos últimos anos. Em 2017 não foi diferente e este ano já começou com novos registros de casos que devem crescer as estatísticas do ano passado. Como é o exemplo do líder de uma organização criminosa que foi preso no início do ano, acusado de chefiar uma quadrilha que clonava placas em todo o estado. Mas este é apenas um entre tantas outras ocorrências que a polícia vem investigando.
Hoje o estado da Bahia possui uma frota de quase 4 milhões de veículos (3.947.974, segundo dados do DENATRAN), que estão distribuídos em seus 417 municípios. A frota em constante crescimento no estado é um prato cheio para bandidos que se especializam em crimes de roubo e clonagem, pois eles veem deste crime um mercado bem lucrativo.
Dados do Departamento de Polícia Civil, através da delegacia de roubos e furtos de veículos, mostram que no ano passado, no primeiro trimestre de 2017, foram registrados 5.736 veículos roubados só na capital Salvador e região metropolitana. Já segundo o DETRAN-BA, em 2017 o número desse tipo de crime cresceu 40% em todo o estado.
Prevista no artigo 311 do Código Penal, a clonagem de veículos é crime. Na maioria dos casos, o consumidor só fica sabendo da fraude quando recebe uma multa que não reconhece ou que foi registrada em um local onde ele nunca esteve.
Quando descoberta a clonagem os transtornos para a população são inúmeros, as vítimas passam por prejuízos muitas vezes incalculáveis, algumas delas chegam a esperar meses para provar inocência e ter a documentação regularizada. Os criminosos conseguem fazer uma cópia igual, com mesma cor, modelo, por isso a dificuldade em detectar a procedência do veículo, quando apreendido pela polícia.
Outra realidade que pode ser vista no estado são as vendas de placas ilegais. É possível identificar os vendedores comercializando placas frias, por muitas vezes, nas imediações dos órgãos de trânsito, no meio da rua ofertando o material sem procedência. Por diversas vezes foram feitas denúncias, mas eles continuam atuando livremente.
O delegado Marcelo Tannus, titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, destacou que, o proprietário do veículo deve procurar a delegacia para fazer o boletim de ocorrência assim que a suspeita de clonagem for identificada, bem como fazer a comunicação com o DETRAN, para dar entrada no processo administrativo, a partir daí serão feitas as perícias necessárias para identificar a clonagem.
Existe uma grande pulverização do crime na capital baiana: em todos os bairros de Salvador, por exemplo, aparecem registros de roubos de veículos, afirma o delegado. Outro dado que a delegacia aponta é que 70% a 75% dos carros roubados são usados para a pratica de outros crimes como assaltos a bancos, estabelecimentos comerciais e transeuntes, sequestros, etc.
QUANTIDADE DE VEÍCULOS CLONADOS DETECTADOS NA BAHIA NOS ANOS DE 2016 e 2017 |
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ANO | JAN | FEV | MAR | ABR | MAI | JUN | JUL | AGO | SET | OUT | NOV | DEZ | TOTAL |
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2016 | 10 | 6 | 6 | 4 | 5 | 10 | 7 | 5 | 9 | 10 | 10 | 17 | 105 |
|
2017 | 5 | 13 | 11 | 8 | 4 | 10 | 22 | 21 | 11 | 16 | 26 | 31 | 178 |
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