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Bahia perde 10.409 vagas com carteira assinada

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Bahia perde 10.409 vagas com carteira assinada

Por: Pesquisa Web

Foram eliminados no mês passado, em todo o país, 169 mil vagas formais de emprego, segundo o Caged.

 

A  Bahia fechou em outubro 10.409 vagas de trabalho com carteira assinada. O saldo foi negativo em todos os setores  da economia baiana, segundo os dados do  Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na sexta-feira, 20, pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social. Com o dado ruim do mês passado, o estado  já acumula uma perda de 69.143 postos de trabalho  formais  nos últimos 12 meses.

De acordo com o Caged, o setor de serviços liderou as demissões em outubro, com um saldo negativo de 2.922 postos. Em seguida aparecem a construção civil (-2.671),  agropecuária  (-2.182), indústria de transformação (-1.100) e comércio (-1.093). Entre os municípios, o pior desempenho foi registrado em Salvador. A capital baiana  eliminou,  no mês passado, 3.048 vagas formais.  Lauro de Freitas (-1.392) e Casa Nova (-652) aparecem em seguida. Mucuri, no extremo sul baiano, por sua vez, liderou as contratações, com um saldo positivo de 148 novas vagas. Na região Nordeste, apenas o estados de Alagoas e Sergipe  abriram novas vagas de trabalho com carteira em outubro. Em Pernambuco o saldo negativo foi de 5.821 e, no Ceará, de 4.787.

País
No pior resultado para o mês dos últimos 24 anos, o país fechou em outubro 169 mil vagas formais de emprego. Este é o sétimo mês consecutivo de retração no número de vagas com carteira assinada. O saldo foi negativo em todos os setores e todas as regiões do país. Com o resultado  do mês passado, o Brasil já acumula uma perda de 819 mil empregos nos primeiros dez meses do ano.

Os números do Caged de outubro são fruto de 1,237 milhão de admissões e 1,406 milhão de demissões. O resultado foi muito inferior ao registrado em outubro do ano passado, quando ficou negativo em 30 mil vagas pela série sem ajuste, ou seja, sem incluir as informações apresentadas com atraso pelas empresas. O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, não quis comentar os dados. Na avaliação do economista-sênior para a América Latina do banco Standard Chartered, Ítalo Lombardi, há uma aceleração do ritmo de fechamento líquido de empregos formais no Brasil, motivada pela intensa retração do nível de atividade. "O Caged relativo ao mês passado reflete a forte recessão e indica fechamento de 1,1 milhão de vagas em 2015", comentou Lombardi.

Setores
O setor de construção civil foi o responsável pelo maior número de vagas com carteira assinada fechadas em outubro. No total, foram encerrados 49,8 mil postos no setor. O segundo maior responsável por fechamento de postos no mês, bem próximo da construção civil, foi a indústria de transformação, com queda de 48,4 mil vagas. Na terceira posição, ficou o setor de serviços, com um resultado negativo de 46,2 mil.

De acordo com os dados do Caged, o setor de agricultura encerrou 16,9 postos no mês, seguido do comércio, com saldo negativo de 4,2 mil, e da indústria extrativa mineral, com queda de 1,4 mil vagas. Na visão de Lombardi, o fato de o setor de construção civil ter liderado o fechamento de postos está relacionado a alguns fatores. Um deles é a paralisia de grandes empresas em função das dificuldades de investimentos da Petrobras, decorrentes da Operação Lava Jato. Há também a redução significativa de empreendimentos imobiliários, para as áreas comercial e residencial, em decorrência das perspectivas econômicas desfavoráveis.

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