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"Ele não aceitava a violência", lamenta a esposa de mototaxista morto

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"Ele não aceitava a violência", lamenta a esposa de mototaxista morto

Por: Sites da Web

Leandro Ribeiro de Souza Moraes, 32 anos, um dos mototaxistas mortos na Fazenda Grande do Retiro após uma discussão com bandidos, trabalhava como mototaxista no bairro há dois anos. Segundo a família, ele estava trabalhando desde às 6h30, quando saiu da casa da mãe, no bairro do Cabula, onde tinha dormido na noite anterior.
Segundo a assessoria da Polícia Civil, os dois haviam ido atrás de uma Kombi branca que tinha atropelado uma mulher no bairro e fugia sem prestar socorro.
Na perseguição ao veículo, um dos bandidos desceu da kombi e iniciou uma discussão com Leandro. Durante o bate-boca, Paulo tentou intervir na discussão, mas acabou sendo baleado junto com o outro mototaxista. Os dois não resistiram aos ferimentos e morreram no local.
Conforme a família de Leandro, Paulo é quem teria perseguido a kombi e o mototaxista tinha ido atrás para apartar a briga. Elaine Diz Moraes, 33, esposa de Leandro, afirma que o mototaxista tinha um grande senso de justiça. "Ele ficava revoltado com as coisas da comunidade. Ele já presenciou varios homícidios. Ele já viu uma pessoa ser baleada durante o roubo de um celular. Ele não concordava com a força do tráfico na região. Enquanto as pessoas achavam normal a violência, ele não aceitava", lembra Elaine.
Segundo Elaine, ela já imaginava que uma situação dessas pudesse acontecer um dia. "Sempre dizia a ele para deixar o trabalho. Sabia que isso um dia poderia acontecer porque ele sempre reclamava da violência", afirma. "Ele era um bom pai, um bom marido e um bom filho. Ele era uma benção de Deus na minha vida", lamenta. Leandro deixa a esposa e dois filhos, uma menina de 11 anos e um menino de dois anos.
Senso de justiça
O outro mototaxista, Paulo Ricardo Santos Brito, 29, já havia perseguido um veículo para obrigá-lo a prestar socorro após um atropelamento. "Ele era uma pessoa humana, de coração bom. Já aconteceu de uma pessoa ser atropelada e ele e outro foram atrás e conseguiram o carro do atropelador", contou o sogro, que não quis se identificar.
Segundo o homem, na ocasião, o suspeito foi identificado e a família da vítima prestou queixa do acidente na delegacia, apesar da vítima ter morrido. Paulo trabalhava como mototaxista no ponto de táxi da Fazenda Grande há cinco anos, segundo informou a família. Ele morava com a esposa há quatro anos e deixa um filho da mesma idade.
De acordo com o sogro de Paulo, que não quis se identificar, a vítima tinha acabado de deixar a esposa no trabalho, no bairro da Pituba, e estava indo para a casa onde morava, na Santa Mônica, para cuidar do filho quando foi chamado ao ponto de táxi. Ainda de acordo com o sogro de Paulo, a vítima atropelada seria outro mototaxista.
Enterro
Os dois mototaxistas vão ser enterrados na tarde desta sexta-feira (5). Leandro vai ser enterrado às 15h, no Jardim da Saudade e o enterro de Paulo Ricardo Santos Brito, 29, vai acontecer às 16h, na Quinta dos Lázaros.
O crime está sendo investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

 

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